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Acordo com as Farc será em julho

"Este Congresso e o governo mostraram vontade de paz, mas temos data de validade", declarou o presidente do Senado colombiano, Roy Barreras


	Soldados colombianos durante operação contra as Farc: o governo e as Farc estão em condições de começar a negociar o segundo ponto da agenda, o relativo às garantias de participação política dos membros da guerrilha.
 (Luis Robayo/AFP)

Soldados colombianos durante operação contra as Farc: o governo e as Farc estão em condições de começar a negociar o segundo ponto da agenda, o relativo às garantias de participação política dos membros da guerrilha. (Luis Robayo/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de março de 2013 às 14h19.

Bogotá - O presidente do Senado colombiano, Roy Barreras, advertiu nesta terça-feira que o governo e as Farc devem assinar um acordo definitivo para acabar com o conflito armado no mais tardar em julho, devido aos trâmites legislativos necessários para referendá-lo e às eleições de 2014.

"Essa comissão chama a atenção do governo e das Farc sobre o fato de que não basta a boa vontade das partes, é imperativo valorar tempos legislativos e o processo eleitoral", manifestou Barreras em entrevista coletiva.

O presidente do Senado fez um pronunciamento aos jornalistas em Bogotá com os cinco congressistas que ontem se reuniram em Havana com os negociadores das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), depois de fazer o mesmo no fim de semana passado com a equipe do governo e o próprio presidente Juan Manuel Santos.

"Este Congresso e o governo mostraram vontade de paz, mas temos data de validade", insistiu Barreras, ao deixar claro que "os acordos que forem realizados devem ser ratificados pelo Congresso através de uma reforma estatutária no mais tardar em agosto de 2013".

O presidente do Senado insistiu: "o Congresso não legislará sobre nenhum tema de fundo se o acordo do fim do conflito armado interno não estiver assinado".

Barreras fez o anúncio ao confirmar, após sua viagem a Cuba, que há vontade de paz tanto por parte do governo como das Farc e antecipar que o primeiro ponto da agenda, o referido ao problema da terra, tem avanços concretos que estão inclusive plasmados em documentos.

Nesse sentido, acrescentou que o governo e as Farc estão em condições de começar a negociar o segundo ponto da agenda, o relativo às garantias de participação política dos membros dessa guerrilha uma vez se alcance um acordo definitivo de paz.

Horas antes, de Havana, as Farc informaram em comunicado que o "presidente do Congresso manifestou o compromisso de que o Parlamento não legislaria sobre assuntos que são tema da Agenda de Diálogos até as partes chegarem a acordos concretos que deverão ser levados em conta por esse ramo do poder público". 

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