Painel solar: entre os exportadores chineses, 70% se comprometeram a respeitar um preço mínimo. (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 2 de agosto de 2013 às 17h25.
A Comissão Europeia deu seu aval, nesta sexta-feira, para o acordo amigável alcançado com Pequim sobre as importações de painéis solares chineses, o que permitirá a sua entrada em vigor na próxima terça-feira.
A decisão foi adotada com o apoio "quase unânime" dos Estados membros, informou a Comissão em um comunicado. Ela se traduz em dois atos legais, que serão publicados no sábado no Diário Oficial da União Europeia (UE) e entrarão em vigor na terça-feira.
O acordo alcançado no sábado pelo comissário europeu encarregado do Comércio, Karel De Gucht, e as autoridades chinesas prevê que as tarifas alfandegárias provisórias impostas no começo de junho aos fabricantes chineses de painéis solares desapareçam na terça.
Entre os exportadores chineses, 70% se comprometeram a respeitar um preço mínimo.
Os números do acordo são confidenciais, mas fontes ligadas às negociações asseguraram que o preço mínimo será de 56 centavos de euro por cada watt que o painel for capaz de produzir. Também se aplicará aos fabricantes chineses um teto de 7 gigawatts (1 gigawatt = 1 bilhão de watts).
Um terço dos fabricantes chineses não aceitou este acordo e por isso, a partir da semana que vem, terão que pagar uma compensação antidumping de 47,6% e competir com os produtores europeus, japoneses, sul-coreanos e malaios.
Os Estados membros da UE se pronunciarão sobre as medidas adotadas para defender a indústria solar europeia.