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Acnur recebe maior doação privada de sua história

Trata-se de uma doação de US$ 62 milhões feita pela multinacional sueca IKE aos desalojadas pela crise de fome no Chifre da África

O campo de refugiados de Dadaab: a ajuda será usada para cobrir as necessidades do maior complexo de refugiados do mundo, onde vivem 440 mil somalis (Oli Scarff/Getty Images)

O campo de refugiados de Dadaab: a ajuda será usada para cobrir as necessidades do maior complexo de refugiados do mundo, onde vivem 440 mil somalis (Oli Scarff/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2011 às 11h21.

Genebra - O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) recebeu a maior doação privada em 60 anos de história de atendimento aos desalojadas pela crise de fome no Chifre da África.

Trata-se de uma doação de US$ 62 milhões feita pela multinacional sueca IKEA, que será distribuída durante três anos, informou nesta terça-feira em Genebra o porta-voz do Acnur, Adrian Edwards.

A ajuda será usada para cobrir as necessidades do campo de Dadaab, no Quênia, o maior complexo de refugiados do mundo, onde vivem 440 mil somalis, dos quais 152 mil chegaram nas últimas semanas fugindo da crise de fome e seca.

É a primeira vez que uma instituição privada financia todas as operações de um campo de refugiados, detalha Edwards.

Dadaad, que fica no nordeste do Quênia, perto da fronteira com a Somália, existe desde o começo dos anos 90 e tem capacidade para 90 mil pessoas. Mas desde que a crise de fome na Somália foi declarada, o número de residentes de Dadaab aumentou para 440 mil e a maior parte dos desalojados sofre de desnutrição severa e sérios problemas de saúde.

O Alto Comissário da ONU para os Refugiados, António Guterres, indicou em comunicado que o gesto da empresa sueca ocorre em "um momento crítico", já que "milhares de pessoas fogem a cada semana da Somália, onde a crise de fome se agrava".

Acnur depende em grande parte de doações para prestar ajuda humanitária aos milhões de refugiados que há no mundo, a maioria das quais são feitas por Governos, embora - segundo destacou Edwards - com esta contribuição se abre um novo caminho para doações privadas.

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