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Acnur critica repatriação forçada de 82 venezuelanos em Trinidade e Tobago

A Acnur está preocupada com a deportação dos venezuelanos e afirmou que Trinidade e Tobago vai responder por descumprir lei sobre refugiados

Venezuelanos: Estamos em contato com as autoridades para assegurar que Trinidade e Tobago continua cumprindo com suas obrigações internacionais, disse porta-voz da Acnur (Nacho Doce/Reuters)

Venezuelanos: Estamos em contato com as autoridades para assegurar que Trinidade e Tobago continua cumprindo com suas obrigações internacionais, disse porta-voz da Acnur (Nacho Doce/Reuters)

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EFE

Publicado em 23 de abril de 2018 às 10h03.

Genebra - A Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) lamentou nesta segunda-feira a deportação no final de semana de 82 venezuelanos desde Trinidade e Tobago, incluídos solicitantes de asilo e pessoas que se declaram refugiadas.

"O retorno forçado deste grupo é de grande preocupação", disse o alto comissário adjunto para proteção, Volker Türk, em comunicado, onde lembrou que as repatriações forçadas são uma violação da lei internacional.

"Estamos em contato com as autoridades e pedimos esclarecimento no processo legal que levou à deportação deste grupo, para assegurar que Trinidade e Tobago continua cumprindo com suas obrigações internacionais", acrescentou Türk.

O grupo tinha sido mantido sob detenção em Trinidade e Tobago e foi deportado à Venezuela no sábado, apesar de a Acnur ter solicitado poder se reunir com essas pessoas.

O alto funcionário lembrou que Trinidade e Tobago que é signatário da Convenção sobre os Refugiados de 1951 e que portanto é obrigado a cumprir com a mesma, especificamente no que se refere à não repatriação ou expulsão, conhecido como "ímpar refoulement", de pessoas que necessitem proteção internacional, sem que seja levado em conta a forma na qual entraram no território.

 

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