Porto de Gênova: o navio de carga "Jolly Nero", da empresa Messina, saía do porto quando se chocou pouco depois da meia-noite desta terça contra a torre que orienta os barcos (Gabriel Bouys/AFP)
Da Redação
Publicado em 8 de maio de 2013 às 08h09.
Roma - Um barco se chocou contra a torre de controle do porto de Gênova (noroeste da Itália) provocando a queda de várias pessoas na água, das quais três morreram, seis ficaram feridas e cerca de dez estavam desaparecidas, de acordo com membros das equipes de resgate citados pela imprensa italiana.
O navio de carga "Jolly Nero", da empresa Messina, saía de Gênova quando se chocou pouco depois da meia-noite desta terça contra a torre que orienta os barcos nesse porto, um dos maiores do país, segundo o canal RaiNews24 e o jornal "Corriere della Sera".
"Chocou-se contra a torre, mas no momento não sabemos o porquê", afirmou um funcionário da Messina, proprietária do navio.
As pessoas que estavam na torre caíram na água. Equipes de mergulhadores e bombeiros que chegaram imediatamente ao local encontraram nove pessoas, três delas sem vida.
Havia ao menos dez desaparecidos. Por causa da violência do choque, a torre se inclinou cerca de 45 graus e uma parte dela caiu na água.
Quatro horas depois do acidente, ocorrido às 23h30 (18h30 de Brasília), o balanço oficial era de três mortos - dois membros da Capitania dos Portos e um piloto - e seis feridos. Os socorristas continuavam trabalhando para tentar encontrar de oito a dez pessoas desaparecidas.
As buscas dos mergulhadores se concentram no cais Giano, onde estava a torre de controle.
Segundo os socorristas, três dos desaparecidos estavam no elevador da torre quando a batida aconteceu. Ainda não se sabe se caíram na água, ou se ficaram presas na torre de controle.
"Aconteceu quando havia maior quantidade de pessoas na torre", explicaram oficiais da guarda costeira ao jornal local "Secolo XIX", já que era o momento de troca de turno do pessoal da capitania.
Ao chegar ao local do acidente, Stefano Messina estava consternado: "nunca havia ocorrido algo assim, estamos desesperados", disse.
O presidente da autoridade portuária, Luigi Merlo, e o prefeito Marco Doria também foram ao local.
"É uma terrível tragédia. Estamos consternados, sem palavras", lamentou Merlo. "É um acidente inaceitável, um trauma incrível para todo o comando do porto. Por enquanto, pensamos apenas nas vítimas. Depois, tentaremos encontrar uma explicação".
O acidente reavivou na memória dos italianos a tragédia do Costa Concórdia, cruzeiro que naufragou em 13 de janeiro de 2012, após encalhar perto da ilha de Giglio na Toscana, causando a morte de 32 pessoas.