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Acidente de trem em Barcelona deixa mais de 50 feridos

A vítima em situação mais grave sofreu uma contusão no tórax e segue hospitalizada

Comboio: a polícia regional abriu uma investigação sobre as circunstâncias do acidente (Felix Rios/Reuters)

Comboio: a polícia regional abriu uma investigação sobre as circunstâncias do acidente (Felix Rios/Reuters)

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EFE

Publicado em 28 de julho de 2017 às 06h05.

Última atualização em 28 de julho de 2017 às 09h55.

Pelo menos 54 pessoas ficaram feridas, uma delas em estado grave, em um acidente de trem nesta sexta-feira (28), em uma estação no centro de Barcelona (nordeste de Espanha), a estação da França - informou o serviço de Defesa Civil.

"54 atendidos: 1 grave, 19 menos graves (entre eles o maquinista), 34 leves", tuitou a Defesa Civil, relatando o balanço mais atualizado do acidente ocorrido às 7h15 locais (2h15, horário de Brasília).

A vítima em situação mais grave sofreu uma contusão no tórax e segue hospitalizada, segundo o ministro espanhol dos Transportes, Íñigo de la Serna.

Entre os feridos, há um francês e um romeno, e o restante é espanhol, disse um porta-voz da Defesa Civil.

Os serviços de emergência mobilizaram vários veículos e ambulâncias para a Estação da França, no centro histórico da cidade, conforme as imagens exibidas pela AFPTV.

Por razões ainda desconhecidas, um trem da companhia ferroviária nacional espanhola Renfe colidiu ao chegar à estação, seu destino final, indicou à AFP um porta-voz da empresa.

A parte dianteira do trem, que havia partido às 6h locais (1h de Brasília) de San Vicenç de Calders (70 km ao sudoeste de Barcelona), ficou completamente destruída, enquanto vários vagões foram danificados pelo efeito sanfona produzido pela colisão, constatou um jornalista da AFP.

Ele "trafegava numa velocidade normal, não freou e colidiu com o pilar de ferro" ao fim da via, afirmou à AFPTV um agente de segurança da estação, que pediu para não ser identificado.

"No momento da colisão, tivemos a sensação de um terremoto. As pessoas caíam umas sobre as outras. Muitos estavam de pé e caíram no chão. Vi muitas pessoas com cortes na cabeça e no rosto provocados na queda", declarou ao jornal catalão "La Vanguardia" uma passageira, Lidia, que estava no primeiro vagão.

Investigação aberta

As ruas próximas foram bloqueadas para facilitar o trabalho das equipes de resgate na estação.

Muitos passageiros estavam em pé no trem, que costuma trafegar lotado na parte da manhã. Isso teria agravado o saldo do feridos. Alguns receberam cuidados médicos ainda na estação, de acordo com fotos postadas nas redes sociais.

A polícia regional abriu uma investigação sobre as circunstâncias do acidente, segundo os serviços de emergência.

Já a companhia Renfe iniciou o "plano de assistência às vítimas e suas famílias".

O acidente ocorreu em plena greve dos serviços ferroviários espanhóis, que planejavam assegurar cerca de 66% do tráfego nas linhas catalães nos horários de pico.

De acordo com um porta-voz dos serviços de emergência, o trem teria, em princípio, a capacidade de transportar 50 pessoas. Não está claro quantos passageiros estavam em seu interior.

O presidente regional, Carles Puigdemont, chegou ao local do incidente pouco depois das 9h, e o ministro dos Transportes estava a caminho.

Por um momento, o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, deixou de lado seu conflito aberto com Carles Puigdemont a respeito da independência da região, telefonando-o para discutir o ocorrido.

O acidente coincide com o aniversário, esta semana, da tragédia que deixou 80 mortos em 24 de julho de 2013, em Santiago de Compostela, no noroeste do país. Naquele dia, um trem vindo de Madri descarrilou em uma curva perigosa a 179 km/h, a quatro quilômetros de Santiago de Compostela. O limite de velocidade permitido era de 80 km/h.

Apenas o condutor foi processado até agora. Sob pressão de associações das vítimas, a Justiça reabriu o inquérito para investigar uma possível negligência em termos de segurança da companhia que administra a rede.

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