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Absolvição é única decisão justa para independentistas, diz Puigdemont

Políticos independentistas da Catalunha são julgados nesta terça-feira pela organização do referendo de independência em 1º de outubro de 2017

Catalunha: para o ex-presidente catalão, este processo judicial é de "caráter político" (Hannibal Hanschke/Reuters)

Catalunha: para o ex-presidente catalão, este processo judicial é de "caráter político" (Hannibal Hanschke/Reuters)

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EFE

Publicado em 12 de fevereiro de 2019 às 13h12.

Berlim — O ex-presidente da comunidade autônoma da Catalunha, Carles Puigdemont, afirmou nesta terça-feira que a Espanha tem a oportunidade de "fazer uma correção" no atual julgamento do processo envolvendo os independentistas catalães e que a única decisão "justa" é a "absolvição".

Puigdemont fez essas declarações em Berlim (Alemanha), pouco depois que começou no Tribunal Supremo em Madri o julgamento contra 12 políticos independentistas catalães pela organização do referendo de independência em 1º de outubro de 2017.

Para o ex-presidente catalão, este processo judicial é de "caráter político" e um "teste para todo o sistema jurídico espanhol", uma "prova de resistência" para o "Estado de direito", porque é um julgamento instruído contra pessoas "inocentes, honradas e eleitas democraticamente", que apenas cumpriram com as decisões do parlamento catalão.

Puigdemont garantiu que "sempre" estará à disposição "da justiça", mas de uma justiça "justa e correta", algo que, na sua opinião, "não é possível na Espanha" atualmente.

"Se chegamos a organizar o referendo de 1º de outubro (de 2017), isto ocorreu porque as demandas para fazer um referendo pactuado (com o Estado espanhol) foram rechaçadas", argumentou o ex-presidente catalão.

Além disso, Puigdemont enviou uma mensagem aos independentistas catalães que estão acompanhando o julgamento, solicitando que sejam "fortes", que "tenham confiança" e "orgulho do exemplo" dos líderes acusados.

Puigdemont está em Berlim a convite da organização Cinema for Peace, que aproveita a realização do festival de cinema da capital alemã, a Berlinale, para organizar uma série de atos paralelos nos quais participam políticos e ativistas.

O ex-presidente da comunidade autônoma da Catalunha esteve presente ontem pela tarde na cerimônia que a Cinema for Peace organiza tradicionalmente durante a Berlinale e hoje deve participar de um ato convocado no Reichstag, o edifício principal do parlamento alemão.

Ontem, Puigdemont já havia destacado que seu papel em Berlim nestes dias é "dar voz" aos "que enfrentam um julgamento completamente injusto" e aproveitar "a oportunidade" para "denunciar esta situação".

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