Trump e Abe: o primeiro-ministro japonês afirmou que é importante avançar nos assuntos do programa norte-coreano nuclear e de mísseis (Kiyoshi Ota/Reuters)
EFE
Publicado em 25 de maio de 2018 às 09h19.
Última atualização em 25 de maio de 2018 às 09h21.
Tóquio - O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, expressou nesta sexta-feira sua "compressão" e "apoio" ao presidente americano, Donald Trump, pela decisão de cancelar a cúpula prevista para junho com o líder norte-coreano, Kim Jong-un.
Abe lamentou que a reunião não vá acontecer em 12 de junho, como estava previsto, embora apontou para a importância de "respeitar" a decisão de Trump, disse o líder conservador japonês em comunicado do Ministério de Relações Exteriores de Japão.
"O importante é aproveitar esta oportunidade para avançar de forma significativa nos assuntos do programa norte-coreano nuclear e de mísseis, e no dos sequestros (de cidadãos japoneses por parte do regime)", destacou Abe, que realiza uma visita hoje em São Petersburgo (Rússia) para participar do Fórum Econômico Internacional.
Abe também acrescentou que o Japão "continuará cooperando " com os Estados Unidos, Coreia do Sul, Rússia e China, e o resto da comunidade internacional, para resolver o problema norte-coreano.
O primeiro-ministro do Japão, que comparece como convidado de honra ao Fórum Econômico Internacional, também aproveitou sua assistência ao evento para se reunir com o presidente da França, Emmanuel Macron, e tratar a situação em torno da Coreia do Norte, informou a agência japonesa "Kyodo".
O Governo liderado por Abe se mostrou muito cético com o processo de diálogo aberto com Pyongyang, e é um firme defensor da política de "pressão máxima" sobre o sigiloso regime para conseguir que abandone seu armamento nuclear.
O cancelamento da cúpula foi anunciado na véspera por Trump, horas depois de Pyongyang realizar o desmantelamento de sua base de testes nucleares perante um grupo de jornalistas estrangeiros, o que segundo os veículos de imprensa oficiais do regime representa o final de seus testes atômicos e demonstra seus esforços pela paz.