Mundo

Abbas deixa a China antes da chegada de Netanyahu a Pequim

O presidente palestino deixou Pequim, que recebe agora o premiê isralense


	Mahmoud Abbas: a autoridade palestina assinou vários acordos de cooperação com a potência asiática nas áreas de economia, comércio, cultura e educação
 (Mandel Ngan/AFP)

Mahmoud Abbas: a autoridade palestina assinou vários acordos de cooperação com a potência asiática nas áreas de economia, comércio, cultura e educação (Mandel Ngan/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2013 às 08h56.

Pequim - Após três dias em visita oficial à China, onde assinou vários acordos de cooperação, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, deixou Pequim menos de um dia depois da chegada do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, à capital do país.

O retorno de Abbas à Palestina eliminou por total a possibilidade de um encontro entre ambas as autoridades durante esta quase simultânea visita ao país asiático. Embora não tenha sido confirmada, a imprensa oficial chinesa cogitava essa possibilidade, já que Pequim se mostrou a favor do encontro.

Questionado sobre a ausência desse encontro representa um fracasso em relação a pretensão de mediação chinesa, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hua Chunying, assegurou que o país asiático "continuará conversando com ambas as partes para favorecer o diálogo".

Abbas, que chegou a Pequim no último domingo, foi recebido ontem pelo presidente Xi Jinping em cerimônia no Grande Palácio do Povo da capital. Posteriormente, a autoridade palestina assinou vários acordos de cooperação com a potência asiática nas áreas de economia, comércio, cultura e educação.

Durante sua visita à Pequim, o presidente da China reiterou a Abbas o apoio de seu país a um Estado palestino e louvou sua decisão de ter optado pelo "caminho estratégico da paz".

O líder chinês comunicou ao dirigente da Autoridade Nacional Palestina (ANP) que respalda a constituição de um estado independente baseado nas fronteiras de 1967, assim como o convívio de maneira pacífica com Israel.

O primeiro-ministro israelense, por sua parte, visitará hoje antigos guetos do povo judeu Xangai, segundo o jornal "South China Morning Post (SCMP), que ressaltou que o mesmo deverá desembarcar na capital somente amanhã.

Em Pequim, Netanyahu será recebido pelo primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, em um ato no mesmo Grande Palácio do Povo. Além da questão palestina, ambos os líderes também devem abordar a crescente tensão na Síria.

Neste sentido, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China reiterou hoje que o país asiático se opõe a intervenções militares no país árabe, em concordância com sua tradicional política externa.

Netanyahu, que chegou à China ontem, ficará no país asiático até o dia 10 e participará apenas dos atos públicos previstos pelo governo asiático, descartando a possibilidade de uma conferência aberta à imprensa local e estrangeira. EFE

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaDiplomaciaIsraelPalestina

Mais de Mundo

Justiça da Bolívia retira Evo Morales da chefia do partido governista após quase 3 décadas

Aerolineas Argentinas fecha acordo com sindicatos após meses de conflito

Agricultores franceses jogam esterco em prédio em ação contra acordo com Mercosul

Em fórum com Trump, Milei defende nova aliança política, comercial e militar com EUA