O ministro espera que, com o aumento da produção de etanol, os preços se regularizem nas próximas semanas
Da Redação
Publicado em 27 de agosto de 2012 às 17h24.
São Paulo - Abastecer o carro com etanol continua valendo a pena na cidade de São Paulo, apesar da relação entre o álcool combustível e a gasolina ter aumentado ligeiramente na terceira semana de agosto. É o que mostra pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). A relação entre o preço do etanol e o da gasolina ficou em 66,95%, ante 66,33% na segunda semana do mês. Na comparação com a terceira semana de igual mês de 2011, contudo, a paridade ficou menor, pois, naquela ocasião a relação entre os dois combustíveis foi de 69,09%.
"Apesar da alta, o momento ainda permanece favorável ao etanol. Não é possível afirmar que o movimento de queda dos preços acabou, mas pode ser que não se acentue mais", avaliou o economista e coordenador do Índice de Preços do Consumidor (IPC), Rafael Costa Lima, em entrevista à Agência Estado, para comentar a taxa de 0,27% do IPC na terceira leitura de agosto.
Para especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso em relação à gasolina quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina. A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do motor a etanol é de 70% do poder dos motores a gasolina. Entre 70% e 70,50%, é considerada indiferente a utilização de gasolina ou etanol no tanque.
Dentro do IPC, os preços do etanol e da gasolina reduziram a intensidade da queda na terceira quadrissemana de agosto. No caso do álcool combustível, os preços cederam 1,05%, ante recuo de 1,07% na segunda medição do mês. A deflação da gasolina também foi suave, de acordo com a Fipe, de 0,47% para 0,45% na segunda quadrissemana de agosto.