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Abastecer carro com etanol volta a ser vantajoso em SP

A relação ficou em 69,13% na primeira semana de fevereiro e representou queda ante o divulgado no levantamento da quarta semana de janeiro

Analistas do Santander acreditam que a São Martinho deve ser mais prejudicada por intervenções do governo do que a Cosan (SXC.Hu)

Analistas do Santander acreditam que a São Martinho deve ser mais prejudicada por intervenções do governo do que a Cosan (SXC.Hu)

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Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2012 às 22h46.

São Paulo - Abastecer o carro com álcool combustível volta a ser vantajoso na cidade de São Paulo neste início de fevereiro. De acordo com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), a relação entre o preço médio do etanol e o valor médio da gasolina diminuiu e atingiu o menor nível para fevereiro desde 2009. A relação ficou em 69,13% na primeira semana de fevereiro e representou queda ante o divulgado no levantamento da quarta semana de janeiro, quando a relação havia sido de 69,31%. Na terceira semana de janeiro, a relação foi de 70,72%.

"Curiosamente, nessa semana a relação etanol/gasolina está abaixo do que estávamos acostumados a constatar nos últimos dois anos para esta base de comparação. Como a demanda ainda continua reprimida, a expectativa é de que o preço do álcool continue cedendo", estimou o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), Rafael Costa Lima, em entrevista à Agência Estado.

De acordo com especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso em relação à gasolina quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina. A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do motor ao etanol é de 70% do poder dos motores à gasolina.

Na avaliação de Costa Lima, a expectativa de novas reduções na relação etanol/gasolina pode ser explicada pelo fato de que muitos brasileiros não mudam seus hábitos de forma imediata na hora de abastecer o carro. Segundo ele, a atual redução no valor do álcool combustível ainda não é suficiente para atrair um número grande de consumidores. "Temos uma produção maior do que a demanda. O preço tem de recuar mais para que a procura aumente", observou.

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