Aaron Alexis: ele havia se envolvido em incidentes com disparos em 2004 e 2010 em Fort Worth e em Seattle, além de ter sido descrito em relatórios policiais como uma pessoa que irritada (AFP)
Da Redação
Publicado em 17 de setembro de 2013 às 11h36.
Washington - O atirador que matou 12 pessoas antes de ser morto a tiros pela polícia, no interior de um complexo militar no coração de Washington na segunda-feira, tem sido descrito como um jovem com interesse em budismo e que tinha momentos de fúria. A razão que levou Aaron Alexis a praticar os crimes continuava desconhecida na manhã desta terça-feira.
O ataque foi o mais violento a acontecer no interior de uma instalação militar nos Estados Unidos desde 2009 e fez lembrar o longo debate a respeito da posse de armas no país. "Mais um tiroteio em massa", declarou o presidente Barack Obama.
Alexis, de 34 anos, era funcionário terceirizado da Defesa e ex-reservista da Marinha que tinha uma passe válido para entrar no estaleiro da Marinha em Washington. No passado, ele havia afirmado ter sido vítima de discriminação na Marinha, além de ter se envolvido em vários incidentes com a lei, dentre eles dois disparos com armas de fogo.
Na segunda-feira, Alexis carregava três armas: um rifle de assalto AR-15, uma espingarda e uma pistola, que ele tomou de um policial que estava no local, segundo dois oficiais federais que falaram em condição de anonimato.
O AR-15 é o mesmo tipo de rifle usado nos disparos feitos no ano passado numa escola de Connecticut, quando 20 estudantes e seis adultos foram mortos. O mesmo tipo de arma também foi usado num ataque no interior de um cinema no Colorado, que deixou 12 mortos e 70 feridos.
Na noite de segunda-feira, as autoridades disseram estar convencidas de que Alexis havia agido sozinho. Oito pessoas ficaram feridas, informou o prefeito Vincent Gray. A expectativa é que todos sobrevivam.
Alexis trabalhava para a The Experts, empresa que prestava serviços para o Departamento de Defesa num projeto de computação para o Marine Corps, informaram autoridades.
Valerie Parlave, chefe do escritório de campo do FBI em Washington, disse que Alexis tinha acesso ao estaleiro da Marinha por ser funcionário terceirizado do Departamento de Defesa e que usou seu passe para entrar no complexo, onde mais de 18 mil pessoas trabalham.
Alexis foi reservista em tempo integral da Marinha entre 2007 e início de 2011. A Marinha não informou a razão pela qual ele deixou a função.
Ele se converteu ao budismo e foi criado na cidade de Nova York. Alexis havia se envolvido em incidentes com disparos em 2004 e 2010 em Fort Worth e em Seattle, além de ter sido descrito em relatórios policiais como uma pessoa que irritada. Fonte: Associated Press.