Faixa de Gaza: assolada pela pobreza e pela violência em decorrência dos conflitos com Israel, região abriga oito campos de refugiados (Christopher Furlong /)
Gabriela Ruic
Publicado em 4 de outubro de 2016 às 06h00.
São Paulo – Depois de serem forçados a deixar seus lares e até seus países de origem para trás, os refugiados conseguem alguma proteção nos campos de refugiados que conseguem encontrar durante a sua jornada. A vida neles, no entanto, tampouco é fácil: vivem em tendas, à mercê da quantidade de comida disponível, sem acesso a itens essenciais como saneamento.
Na Faixa de Gaza, a realidade dos refugiados palestinos se encaixa com perfeição no retrato geral da vida em campos de refugiados. A região conta com oito campos, todos gerenciados pelo braço da Organização das Nações Unidas (ONU) dedicado à proteção destas pessoas no Oriente Médio (UNRWA).
Um deles é Jabalia. Estabelecido em 1948, esse campo de refugiados é hoje ocupado por pessoas que lá nasceram e foram criadas. Atualmente, mostra a UNRWA, há ao menos 110 mil refugiados registrados vivendo em suas instalações.
Ele está localizado a nas proximidades da Passagem de Erez, um dos principais pontos de travessia de Israel para a Faixa de Gaza, fechado desde 2007 para pedestres. A passagem de caminhões com ajuda humanitária é permitida, mas apenas ocasionalmente.
A situação em Jabalia, no entanto, é de pobreza extrema, com altos índices de desemprego, pouca comida na mesa e 90% da água imprópria para o consumo.
O campo conta com 20 prédios acomodando 40 escolas, um centro de distribuição de alimentos e um hospital. A energia elétrica é escassa, assim como é frágil a infraestrutura local, que já foi alvo de bombardeios aéreos em tempos de confrontos com Israel.
O fotógrafo Mohammed Salem, da agência de notícias Reuters, esteve no local no final de setembro e registrou um pouco do dia a dia dos palestinos que vivem em Jabalia em fotos panorâmicas emocionantes. Confira abaixo: