Greve: faz parte de uma série de atos preparados para o fim desta semana (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
EXAME Hoje
Publicado em 20 de julho de 2017 às 09h46.
Última atualização em 20 de julho de 2017 às 10h20.
A Venezuela vai parar nesta quinta-feira. Após o plebiscito bem-sucedido do último domingo, que levou mais de 7 milhões de pessoas às urnas para mostrar descontentamento com o governo do presidente Nicolás Maduro, a oposição convocou uma greve geral ativa, que inclui o travamento de ruas, e está aberta a todos, sem vinculação com sindicatos.
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A medida faz parte de uma série de atos preparados para o fim desta semana. Para sexta, pretende-se nomear novos magistrados para a Suprema Corte venezuelana na rua e, para sábado, uma grande mobilização por todo o país para exigir mudanças. Os protestos se intensificaram desde que Maduro anunciou seu plano de formar uma Assembleia Constituinte para reformar a Constituição do país, há cerca de 70 dias. As eleições serão dia 30 de julho.
Mais de 90 pessoas já morreram nas manifestações, em conflitos com a guarda nacional. E, para esta quinta-feira, a ordem é reprimir qualquer manifestação contra o presidente. Uma mensagem foi enviada por Maduro via telegrama para as bases, e a mensagem fala em dar “um golpe duro a esses ratos miseráveis” também apontados como “traidores da pátria”.
O clima de tensão na Venezuela tem crescido, e os Estados Unidos e a União Europeia ameaçaram aplicar sanções ao país caso o plano autoritário de formar uma nova Constituinte vá para a frente. Mas nem isso tem intimidado o governo, que quer se manter no poder a qualquer custo. O mandato de Maduro se encerra em 2019, mas ele não dá nenhum sinal de que pretende deixar o cargo.