HILLARY CHEGA A CLEVELAND: a diferença para Trump caiu após a reabertura das investigações do FBI / Brian Snyder
Da Redação
Publicado em 31 de outubro de 2016 às 17h35.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h40.
O FBI, a polícia federal americana, reabriu na sexta-feira 28 as investigações sobre a polêmica envolvendo os e-mails da candidata democrata Hillary Clinton. O fim de semana passou e, a sete dias das eleições presidenciais de 8 de novembro, o chamado e-mailgate já começa a se refletir nas pesquisas de intenção de voto.
Um levantamento do jornal Washington Post mostra Hillary com 46% da preferência, apenas 1 ponto à frente de Trump. Na média, ela tem 2,5 pontos percentuais a mais que o empresário, segundo o site Real Clear Politics. Antes da carta do FBI, a vantagem era de 4,6 pontos e já chegou a ser de 7 pontos neste mês. De acordo com o site de análises políticas FiveThirtyEight, a probabilidade de vitória de Hillary, que era de 81,1% na sexta-feira passada, caiu para 76,1% nesta segunda.
Hillary é acusada de usar um servidor pessoal de e-mail para tratar de assuntos confidenciais do governo durante seu mandato como secretária de Estado, entre 2009 e 2013. A investigação havia sido encerrada em junho sem acusações criminais — embora o diretor do FBI, James Comey, tenha dito que Hillary e sua equipe haviam sido “extremamente descuidados”. Agora, Comey afirma que encontrou novos e-mails em dispositivos do congressista democrata Anthony Weiner e de sua esposa, Huma Abedin, assessora de Hillary.
Mas o caso pode realmente causar uma reviravolta na eleição? Dificilmente. Os analistas americanos gostam de usar a expressão “surpresa de outubro” para se referir a eventos que, tradicionalmente, trazem emoção ao fim da corrida presidencial. Em 2000, por exemplo, foi divulgado um vídeo do republicano George W. Bush dirigindo embriagado na década de 70. Mas os casos nunca alteraram significativamente a decisão dos eleitores.
O FBI afirmou que não conseguirá concluir a análise dos novos e-mails antes das eleições. Harry Reid, líder da legenda no Senado, disse que Comey tem “uma clara intenção de ajudar um partido em detrimento do outro”. Mesmo que o caso não impacte no pleito, a história ainda pode se tornar um problema no início de um possível mandato de Hillary.