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A Rússia quer impedir Biden de ganhar a eleição, diz chefe do FBI

Christopher Wray, diretor do FBI, falou ao comitê de segurança da Câmara nesta quinta-feira, 17

Christopher Wray: diretor do FBI falou ao Comitê de Segurança Interna da Câmara (Bloomberg/Bloomberg)

Christopher Wray: diretor do FBI falou ao Comitê de Segurança Interna da Câmara (Bloomberg/Bloomberg)

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Carolina Riveira

Publicado em 17 de setembro de 2020 às 12h43.

Última atualização em 17 de setembro de 2020 às 15h23.

Após ser um dos temas da eleição americana de 2016, a Rússia está voltando aos holofotes durante a preparação para o próximo pleito, marcado para 3 de novembro.

Em depoimento nesta quinta-feira, 17, o diretor do FBI, Christopher Wray, disse que a Rússia estaria buscando atrapalhar a campanha presidencial do democrata Joe Biden.

Em fala à comissão de segurança na Câmara, Wray disse que pessoas ligadas a Moscou estão tentando semear discórdia nos Estados Unidos. O objetivo, segundo ele, é "sobretudo denegrir o vice-presidente Biden e o que os russos veem como um establishment anti-Rússia".

O agente disse ainda que, desta vez, a China e o Irã, que Wray classificou como "adversários globais", também estariam tentando semear desinformação na campanha presidencial por meio das redes sociais.

"Esse ciclo eleitoral, em meio à pandemia de covid-19, fornece ampla oportunidade para governos estrangeiros hostis conduzirem campanhas de desinformação", disse Wray, e "diminuir a confiança em nossas instituições democráticas e valores".

O presidente Donald Trump tenta uma reeleição contra Biden, que foi vice-presidente nos dois mandatos de Barack Obama, entre 2009 e 2016. Em 2016, Trump venceu a eleição presidencial — seu primeiro cargo eletivo público — contra a democrata Hillary Clinton, após vencer em estados decisivos.

Uma das maiores controvérsias dessa eleição são as discussões acerca do voto pelo correio, que é permitido nos Estados Unidos, mas criticado pelo presidente Trump, que afirma que a modalidade pode gerar fraudes.

Wray disse que, por ora, não há indícios de que hackers ligados ao governo russo estejam tentando invadir bases de infraestrutura eleitoral, como fizeram em 2016, segundo investigações.

A audiência desta quinta-feira foi marcada ainda por outra controvérsia, uma vez que o secretário do Interior do governo Trump, Chad Wolf, se recusou a comparecer, gerando críticas dos deputados, sobretudo democratas.

Em 2016, quando o presidente Donald Trump se elegeu contra a democrata Hillary Clinton, investigações concluíram que hackers russos tentaram (e conseguiram) interferir na campanha. Segundo a investigação da inteligência do Senado e chefiada pelo ex-procurador Robert Mueller, os russos que tentaram influenciar a eleição eram ligados ao governo russo, do presidente Vladimir Putin.

A Rússia nega, enquanto Trump já classificou a investigação no passado como uma "farsa".

 

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