Sede do FMI: o déficit brasileiro foi corrigido para 1,2%, uma das maiores quedas (Divulgação/IMF)
Da Redação
Publicado em 4 de novembro de 2010 às 16h12.
Washington - O continente latino-americano está imerso em um processo de consolidação fiscal que permitirá reduzir seu déficit para 2,2% em 2011, contra o 2,6% previsto para este ano, disse nesta quarta-feira o Fundo Monetário Internacional (FMI).
O FMI distribuiu seu relatório fiscal semestral, no qual reflete a situação tributária no mundo após dois anos nos quais os déficits de muitos países cresceram devido aos planos de estímulos lançados por causa da crise.
O relatório projeta, em termos gerais, que o déficit fiscal mundial cairá de 6,8%, em 2009, para 6%, em 2010. Para 2011, a previsão é de que fique em 4,9%.
Em seu relatório, o fundo destaca a boa situação em que se encontram os países emergentes que estão se recuperando da crise a uma maior velocidade que os desenvolvidos, o que permite ajustar o gasto público de forma mais rápida.
A região latino-americana se encontra em uma melhor situação que os países emergentes, para os quais o FMI calcula, em seu conjunto, um déficit para este ano de 4,2%, e para o próximo de 3,3%.
O déficit da América Latina subiu, em 2009, para 3,7% devido aos planos iniciados para fazer frente à crise financeira mundial.
No entanto, os países iniciaram medidas de consolidação, e para este ano a região espera que a brecha que separa receita e despesa diminua para 2,6%. Para o próximo ano, a previsão é de 2,2 %, três décimos a menos do que o avaliado em maio.
O FMI corrigiu, principalmente, a previsão do Brasil, para o qual espera em 2011 um déficit de 1,2%, oito décimos abaixo do calculado em maio.
Para o México, a previsão para o próximo ano é de 3%, a mesma feita há seis meses.