Barack Obama e Juan Manuel Santos: "Terminou o último e mais velho conflito armado no Ocidente" (Kevin Lamarque / Reuters)
Da Redação
Publicado em 21 de setembro de 2016 às 16h18.
Nações Unidas - O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, compareceu à ONU nesta quarta-feira com um discurso que reflete seu entusiasmo pelo recente acordo de paz com as Farc, e proclamou que "a guerra na Colômbia terminou".
Santos, que falou com uma insígnia de uma pomba branca na lapela, utilizou a tribuna da Assembleia Geral da ONU para ressaltar as vantagens de um acordo de paz que foi negociado durante seis anos e que põe fim a um conflito armado que já dura meio século.
"Terminou o último e mais velho conflito armado no Ocidente. Um conflito que deixou mais de 220 mil mortos e mais de oito milhões de vítimas", comentou.
O líder colombiano falou perante a Assembleia Geral da ONU pouco após entregar diante do Conselho de Segurança o Acordo para o Término do Conflito firmado em Havana no dia 24 de agosto, que foi seguido cinco dias depois com um cessar-fogo.
Em discurso na ONU, o governante colombiano destacou que graças a isso, "desde então" não foi registrado "um só morto, um só ferido, uma só bala disparada, por causa do conflito com as Farc".
Santos lembrou que a assinatura formal do acordo ocorrerá no dia 26 de setembro na cidade colombiana de Cartagena das Índias, e em 2 de outubro será submetido a um plebiscito.
O presidente do país destacou que seu comparecimento à tribuna de maior projeção internacional ocorria exatamente no Dia Internacional da Paz, que foi celebrado com antecedência pela ONU na semana passada.
"Compareci sete vezes a esta Assembleia para falar sobre os avanços e expectativas do processo de paz do governo da Colômbia com a guerrilha das Farc, a maior e mais antiga do continente americano", disse Santos.
"Hoje, em nome de aproximadamente 50 milhões de colombianos, quero expressar, do fundo do coração, a nossa gratidão à comunidade internacional por seu contínuo e permanente apoio à paz da Colômbia", afirmou o governante.