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A guerra dos vídeos nas eleições americanas

Campanhas de Obama e Romney enfrentam vídeos polêmicos e se atacam também nesse formato


	O democrata Barack Obama disputa a presidência com o republicano Mitt Romney
 (AFP e Getty Images/Montagem de EXAME.com)

O democrata Barack Obama disputa a presidência com o republicano Mitt Romney (AFP e Getty Images/Montagem de EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2012 às 13h22.

São Paulo - O presidente americano,  Barack Obama , e o candidato republicano,  Mitt Romney , estão travando uma guerra de vídeos nas semanas finais da campanha eleitoral.

No caso de Obama, o filme em questão é o 2016: Obama's America (2016: A América de Obama, em tradução livre) que tem o subtítulo ame-o, odeie-o, você não o conhece. O filme se propõe a mostrar qual seria a verdadeira ideologia de Obama e opõe o que seria o modo de pensar do atual presidente ao sonho americano de liberdade e crescimento. 

O filme é baseado no livro de seu diretor, Dinesh D'Souza, o best seller The Roots Of Obama's Rage (As raízes da raiva de Obama, em tradução livre). O diretor afirma que Obama é a pessoa mais desconhecida que já entrou na Casa Branca e defende a influência do pai de Obama em sua visão de mundo. 

D’Souza diz que Obama segue a doutrina anticolonialista, como seu pai, ou seja, Obama acreditaria que a influência dos Estados Unidos no mundo é negativa e deveria diminuir, segundo a teoria, para o presidente, os países ricos ficaram ricos explorando os mais pobres, segundo D’Souza. 

https://youtube.com/watch?v=hfLsSg9wZlE%3Ffeature%3Dplayer_embedded

Já o vídeo anti-Romney não é baseado em nenhum livro, ele foi gerado pelo próprio candidato, sem querer, claro. Durante um discurso em um evento de arrecadação de campanha, Romney, sem saber que estava sendo filmado, disse que  47% dos eleitores provavelmente votarão em Obama porque não pagam impostos, dependem do governo e acreditam serem vítimas. O candidato também destacou os riscos de os Estados Unidos serem chantageados em algum momento pelo Irã, pelos muçulmanos, por gente louca.

https://youtube.com/watch?v=XnB0NZzl5HA%3Ffeature%3Dplayer_embedded

A equipe de Obama, lógico, aproveitou o vídeo de Romney para repercutir a fala sobre os 47% com alguns eleitores, citando inclusive os benefícios dados aos veteranos de guerra – um assunto bastante caro aos americanos. 

https://youtube.com/watch?v=l0WmdCjHF1I%3Ffeature%3Dplayer_detailpage

Já a equipe da campanha de Romney divulgou uma gravação de áudio na qual Obama, que na época da gravação era representante local do Illinois, defende a ideia de uma "redistribuição" da riqueza.

Cenas extras – empregos e China

Mas nem só de vídeos involuntários se faz uma eleição. As campanhas dos candidatos também trocam farpas dessa forma. A campanha de Romney atacou, em vídeo, um ponto sensível para Obama, o desemprego, que está alto nos Estados Unidos. O vídeo afirma que há menos pessoas trabalhando hoje do que quando Obama assumiu a presidência e que o atual presidente não teve uma postura suficientemente dura com a China, que rouba ideias e tecnologias dos Estados Unidos.

https://youtube.com/watch?v=TRViUQntMfs%3Ffeature%3Dplayer_embedded

A resposta da campanha de Obama veio da mesma forma, acusando Romney de alocar empregos em países mais baratos quando estava na Bain Capital. O vídeo afirma que Romney nunca atuou de forma dura perante a China e enviou empregos americanos para lá. 

https://youtube.com/watch?v=lQzZdyzDZVY%3Ffeature%3Dplayer_embedded

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