Shinzo Abe, do Japão, com líderes do G7: encontros por videoconferência (Japan's Cabinet Public Relations Office/Reuters)
Da Redação
Publicado em 24 de março de 2020 às 06h20.
Última atualização em 24 de março de 2020 às 07h01.
Em tempos de pandemia de coronavírus, o mundo inteiro tenta se adaptar para levar a vida da maneira mais normal possível. E, preferencialmente, tendo o distanciamento social como regra. Entre os membros do G7, que reúne os países mais ricos do mundo, a máxima é válida: nesta terça-feira, 24, a cúpula que estava marcada para acontecer nos Estados Unidos não foi adiada, mas será por videoconferência.
Dessa vez, o encontro será entre os ministros das Relações Exteriores de Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. Eles irão sentar para debater as ameaças da pandemia.
Vale lembrar que a Itália é o país do grupo mais afetado pela covid-19, doença causada pela nova cepa do coronavírus. Nesta semana, o país registrava 6.077 mortes, número superior ao da China, onde nasceu a epidemia, e quase 64.000 casos confirmados. No mundo, já são mais de 382.000 casos registrados até a manhã desta terça-feira, com mais de 16.500 mortes.
O evento do G7 estava marcado para acontecer na cidade de Pittsburgh (Estados Unidos), mas o encontro presencial foi cancelado em razão da epidemia. Ao contrário do que se pode pensar, no entanto, a notícia da sua não realização foi vista com alívio pela cidade, já que a notícia veio à tona em 11 de março, mesmo dia em que vários grandes eventos, como a tradicional festa “Dia de St. Patrick”, foram sido suspensos. “O cancelamento também permitirá que nossos agentes se concentrem no combate ao coronavírus”, disseram autoridades locais.
O momento é delicado mundo afora. Os países de diferentes regiões estão fechando suas fronteiras e ainda não está claro o impacto que a epidemia irá trazer para a economia global.
Sem falar, é claro, dos danos que a doença traz para os sistemas de saúde, uma vez que a velocidade de propagação está sobrecarregando o atendimento hospitalar até mesmo nos países desenvolvidos. Nesse sentido, toda e qualquer reunião, por mais alto nível que seja, é um risco de saúde pública.