Cidade fantasma: rastro de destruição por todos os lados em Falluja, no Iraque, após derrota do Estado Islâmico (REUTERS/Ahmed Saad)
Talita Abrantes
Publicado em 2 de julho de 2016 às 17h01.
São Paulo – Há seis dias, o Estado Islâmico perdeu o controle de um de seus principais redutos no Iraque. Distante cerca de 70 Km de Bagdá, Falluja era a cidade iraquiana que há mais tempo estava sob o domínio do grupo extremista.
A derrota do Estado Islâmico na cidade é simbólica. Foi ali que o grupo se autointitulou um califado em 2014.
Como bem lembra a revista Time, foi a conquista de territórios pelo Estado Islâmico que potencializou seu poder de atração. No entanto, com a série de cidades retomadas nos últimos meses, o grupo extremista teria reduzido seu potencial de recrutamento de 2 mil militantes por mês para 200.
O rastro de destruição deixado pelo incessante confronto entre as forças iraquianas e o grupo extremista na cidade revela que o Estado Islâmico, contudo, não perdeu seu poder de combate.
Apesar de Falluja estar novamente sob controle iraquiano, a Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou, nesta semana, que os mais de 85 mil civis que deixaram a cidade no último mês só poderão retornar para as suas casas a partir de agosto.
Mesmo assim, a ONU admite que a vida não será nada fácil daqui para frente na cidade devido ao elevado índice de devastação do local.
Um fotógrafo da agência de notícias Reuters acompanhou as tropas do Iraque em uma visita à Falluja na última semana. As imagens revelam uma as marcas de uma guerra que está longe de acabar.