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847 detentos morreram em prisões do regime sírio em 2014

Observatório Sírio de Direitos Humanos, que conta com uma rede de fontes civis, médicas e militares no país, estima que podem haver muitos mais mortos


	Prisão central de Aleppo: "Todas estas pessoas perderam a vida devido à tortura, de execuções sumárias, maus tratos, condições de detenção péssimas", afirma o OSDH
 (AMC/AFP)

Prisão central de Aleppo: "Todas estas pessoas perderam a vida devido à tortura, de execuções sumárias, maus tratos, condições de detenção péssimas", afirma o OSDH (AMC/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2014 às 16h32.

Quase 850 prisioneiros morreram nas prisões do regime sírio durante o ano, vítimas da tortura ou de execuções sumárias, afirmou nesta quarta-feira o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

"Desde o início do ano até 13 de maio, 847 detidos, dos quais 15 menores de 18 anos e seis mulheres, morreram nas prisões, nos centros dos serviços de segurança e nos quartéis do exército", afirmou esta organização, acrescentando que "a morte foi notificada a familiares e parentes".

"Todas estas pessoas perderam a vida devido à tortura, de execuções sumárias, maus tratos, condições de detenção péssimas, como escassez de comida, e porque não puderam conseguir os medicamentos que precisavam", afirma o OSDH.

Mas esta organização, que conta com uma rede de fontes civis, médicas e militares no país, estima que podem haver muitos mais mortos.

A informação se baseia no fato de o regime ter dezenas de milhares de detidos e de 18.000 pessoas terem sido dadas como desaparecidas, o que faz o OSDH temer que tenham morrido.

"O número de vítimas aumenta porque não foi tomada nenhuma medida para dissuadir o regime (...). Quando o criminoso sabe que não terá que se responsabilizar continua com seus crimes", assegurou à AFP o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman.

A guerra na Síria deixou mais de 150.000 mortos há três anos, assim como milhões de refugiados e deslocados.

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