Donald Trump: "Vou ser muito moderado", disse Trump em entrevista em 2016 (Kevin Lamarque/Reuters)
EFE
Publicado em 20 de julho de 2017 às 20h35.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tuitou cerca de mil vezes desde que assumiu o cargo há seis meses e fez 836 afirmações falsas ou enganosas no período, segundo estimativas divulgadas pela imprensa americana.
Desde o dia 20 de janeiro deste ano, quando tomou posse, Trump se manifestou em sua rede social preferida em 1.002 ocasiões, 45% menos do que nos seis meses antes da posse, de acordo com o site especializado em tecnologia "Mashable".
Se considerado o período entre o dia 16 de junho de 2015, quando anunciou sua campanha à presidência, e hoje, ao completar seis meses no comando da Casa Branca, Trump escreveu 9.146 vezes no Twitter.
A contagem na rede social também foi destacada pela emissora "CNN", que citou um numero ligeiramente inferior de mensagens.
"Em seis meses, o presidente Trump tuitou 991 vezes, passou 40 dias em seus campos de golfe e conseguiu a aprovação de zero projetos de lei de grande alcance", disse a CNN.
Segundo o "Mashable", se Trump mantiver o ritmo de publicações, escreverá mais de 8 mil mensagens até o final de seu mandato.
Em junho, os principais assessores da Casa Branca aconselharam o presidente a reduzir o uso da plataforma, alertando que os tweets poderiam criar situações embaraçosas.
Pouco depois de sua vitória nas eleições sobre a democrata Hillary Clinton, Trump sugeriu que seria mais comedido no Twitter quando assumisse o cargo.
"Vou ser muito moderado. Se usá-lo, serei muito cometido", afirmou em uma entrevista realizada em novembro de 2016.
O jornal "The Washington Post" publicou hoje uma lista das mentiras ditas por Trump na rede social desde que chegou ao poder.
Na contagem do "Post", nos últimos seis meses, Trump mentiu ou realizou afirmações enganosas em 836 ocasiões, o que daria uma média de 4,6 mentiras por dia.
"A declaração mais repetida de Trump, pronunciada 44 vezes com variações, foi a afirmação de que a Lei de Cuidado de Saúde Acessível (o Obamacare) está morrendo ou está 'essencialmente morta'. Mas o Escritório do Orçamento do Congresso (CBO) disse que espera que os preços se mantenham estáveis com o Obamacare no futuro próximo", indicou o jornal.
O "Post" criou uma base de dados digital na qual reúne as afirmações enganosas do presidente, já que o "ritmo e o volume das declarações errôneas torna impossível acompanhá-las de outro modo", explicou o jornal. EFE