Prédios destruídos perto de Damasco: dezenas de membros do grupo radical ficaram feridos (Reuters/Omar Sanadiki)
Da Redação
Publicado em 22 de agosto de 2014 às 08h16.
Cairo - Pelo menos 70 membros do Estado Islâmico (EI) morreram em dois dias durante a tentativas de tomar o aeroporto militar de Al Tabaqa, último bastião do regime sírio na província de Al Raqqah, no norte do país, informou nesta sexta-feira o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
A organização, com sede em Londres e uma ampla rede de ativistas na Síria, contabilizou este número de vítimas mortais da noite de terça-feira até última hora de ontem.
Dezenas de membros do grupo radical ficaram feridos durante os enfrentamentos com as forças sírias, e alguns deles estão em estado grave.
Os combatentes do EI lançaram no início desta semana uma operação para controlar o aeroporto de Al Tabaqa, e para conter esta ofensiva, a aviação do governo bombardeou posições dos extremistas, inclusive com barris explosivos e mísseis Scud.
Enquanto os jihadistas afirmaram ontem ter tido grandes progressos nesses choques, uma fonte militar síria declarou à agência oficial Sana que suas tropas mantêm o controle do aeroporto e avançaram para localidades próximas, como Ayil.
No domingo pelo menos 49 pessoas morreram, 31 delas integrantes do EI, em bombardeios da aviação síria contra mais de 20 pontos na província de Al Raqqah.
A organização extremista sunita EI proclamou no final de junho um califado em parte do território do Iraque e da Síria que estão sob seu controle.
Em suas fileiras lutam vários combatentes estrangeiros, dos 12 mil que acredita-se tenham ido para a Síria nestes três anos e meio de conflito, principalmente vindos da Tunísia, Arábia Saudita e Marrocos, mas também de países ocidentais (cerca de 20%).
Hoje mesmo, o Escritório de Direitos Humanos da ONU informou que o número de mortos documentados e verificados no conflito armado na Síria até abril deste ano é de 191.369, quase nove mil deles menores de idade.