Índia: prática é comum principalmente em bairros pobres por conta do preço baixo das bebidas (NurPhoto / Contributor/Getty Images)
EFE
Publicado em 9 de fevereiro de 2019 às 13h47.
Última atualização em 9 de fevereiro de 2019 às 13h48.
Nova Délhi, 9 fev (EFE).- O número de mortos pelo consumo de álcool adulterado em dois distritos fronteiriços dos estados de Uttarakhand e Uttar Pradesh, no norte da Índia, aumentou neste sábado para 52, depois que 20 pessoas morreram nas últimas horas, informaram à Agência Efe fontes oficiais.
A maioria das mortes se concentrou no distrito de Saharanpur, em Uttar Pradesh, onde há 36 vítimas fatais, entre 15 e 20 hospitalizados e "muitos" mais que já receberam alta após receber tratamento, detalhou o superintendente da polícia local, Dinesh Kumar.
As outras mortes aconteceram em aldeias da demarcação administrativa de Haridwar, em Uttarakhand, onde foi distribuído o licor, embora inicialmente as autoridades tenham acreditado que as bebidas tinham sido servidas durante ritos funerários, explicou ontem o superintendente da polícia local, Janmajay Khanduri.
"Conseguiram o álcool de outro lugar, não foi servido na cerimônia e as pessoas que o consumiram estão em diferentes aldeias", ressaltou Khanduri.
As autoridades de ambas regiões suspenderam vários comandantes das forças de segurança e funcionários públicos após o incidente.
A ingestão de álcool ilegal e adulterado na Índia costuma acontecer em zonas rurais ou áreas pobres das cidades devido a seu baixo preço.
O líquido resultante contém pesticidas e outras substâncias prejudiciais para a saúde que já provocaram mais intoxicações no passado.
O maior envenenamento dos últimos anos aconteceu em dezembro de 2011 no estado de Bengala, no leste da Índia, onde mais de 130 pessoas morreram por ingerir álcool ilegal adquirido junto a uma estação ferroviária. EFE