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5 encrencas que o Senado tem pela frente até o fim do ano

Parlamentares têm votações de assuntos difíceis ainda em 2011, como o Código Florestal, o Orçamento da União em 2012 e a DRU

Antes do recesso, que começa em 22 de dezembro, senadores ainda vão ter que trabalhar duro (Agência Brasil)

Antes do recesso, que começa em 22 de dezembro, senadores ainda vão ter que trabalhar duro (Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2011 às 12h46.

São Paulo – Na tarde de hoje o Senado deve votar um requerimento da senadora Vanessa Grazziotin (PC do B – AM), que solicita “congratulações e aplausos” pelo aniversário de Nelson Mandela, que foi em 18 de julho.

Mas a pauta do Congresso não é feita apenas de festividades tardias. Até o recesso parlamentar, que começa em 22 de dezembro, os senadores terão pela frente votações de temas espinhosos. Confira algumas das principais polêmicas que devem passar pela casa antes que o ano termine.

Código florestal

O texto do projeto de reforma do Código Florestal (PLC 30/2011) deve chegar ao plenário do Senado nesta semana. O tema, que é considerado prioritário pelo governo, entra na pauta com requerimento de urgência. O texto define limites entre a preservação ambiental e a exploração de recursos naturais em atividades econômicas.

A versão original da reforma, aprovada pela Câmara dos Deputados no primeiro semestre, já sofreu modificações dos senadores. Na semana passada, a Comissão de Meio Ambiente aprovou texto base do relatório do senador Jorge Viana (PT-AC), e analisou emendas sugeridas. O texto final deve agora ser avaliado e votado no plenário.

DRU

A prorrogação da Desvinculação de Receita da União (DRU) até 2015 também entra na pauta de discussões do Senado nesta semana. A DRU foi adotada em 1994 por meio de um projeto de emenda à Constituição, e tem sido prorrogada desde então.


Ela permite ao governo gastar como bem entender até 20% de sua receita obtida com impostos e contribuições federais. Ou seja, este percentual de recursos não precisa ser alocado a nenhum órgão, fundo ou despesa específica.

Emenda 29

Não são apenas as divergências políticas que dificultam a votação sobre a prorrogação da DRU. Ela esbarra também na condição imposta por senadores do PSDB e DEM: a aprovação só sai se o plenário votar antes a regulamentação da Emenda 29.

Esta emenda altera artigos da Constituição Federal e asseguram um percentual mínimo de repasse de recursos públicos para financiar ações e serviços de saúde nos estados e municípios.

O projeto de lei do ex-senador Tião Viana (PT-AC) tramita na Câmara dos Deputados propõe que a União aplique 10% de suas receitas correntes brutas na área da saúde. Os estados, por sua vez, devem aplicar 12% de sua arrecadação de impostos. Já os municípios ficariam obrigados a investir 15% ou mais de seus recursos.

Enquanto a regulamentação da emenda não é aprovada, apenas estados e municípios têm percentual mínimo obrigatório de investimentos na saúde. O governo federal condiciona a votação do texto à criação de uma fonte de receita adicional, neste caso, a Contribuição Social para a Saúde (CSS).


Royalties do petróleo

Outra votação de assunto polêmico no calendário apertado do Senado até o fim do ano é a da redistribuição dos royalties do petróleo. Um projeto do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), já aprovado na Câmara dos Deputados, redefine as regras de como os royalties são repartidos entre estados produtores e não produtores de petróleo.

A decisão, que ainda depende de votação no Senado, tem sido causa de confrontos intermináveis entre oposição e a base aliada do governo. Nas últimas semanas, parlamentares contrários ao projeto de Vital do Rêgo ameaçaram travar a votação de assuntos de interesse do governo, como a DRU.

O texto deve ser avaliado em segundo turno no Senado ainda nesta semana, mas o governo sinaliza que a questão dos royalties não é prioridade para os últimos dias de atividade parlamentar.

Orçamento

O Senado ainda tem pela frente a votação do Orçamento da União para 2012. A proposta chegou ao Congresso em setembro. Ela prevê investimentos de mais de 165 bilhões de reais, com prioridade para programas sociais.

Pelo calendário, o assunto deve ser encerrado no dia 20 de dezembro – dois dias antes do início do recesso parlamentar – com a votação no plenário. No ano passado, o orçamento foi aprovado no dia 22 de dezembro.

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