Venezuela: Hernández assegurou que o CNE está em contato com a ONU "para estruturar a comissão" que vai a acompanhar o processo eleitoral de 20 de maio (Juan Carlos Ulate/Reuters)
EFE
Publicado em 6 de março de 2018 às 18h30.
Caracas - A reitora do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, Socorro Hernández, informou nesta terça-feira que são cinco os candidatos às eleições presidenciais de 20 de maio após o fechamento do processo de postulações.
"O balanço após o fechamento de postulações para a eleição presidencial é que temos cinco candidatos já definitivos nesta disputa eleitoral", revelou Hernández em entrevista à emissora "Unión Radio".
Os cinco venezuelanos que concorrerão à chefia de Estado são o atual presidente, Nicolás Maduro, o ex-governador do estado de Lara e ex-chavista, Henri Falcón, o pastor evangélico Javier Bertucci, o empresário Luis Alejandro Ratti e o engenheiro Reinaldo Quijada.
Estes três últimos candidatos também estiveram relacionados com o oficialismo em algum momento.
Hernández não deu nenhuma explicação de por que o ex-militar Francisco Osorio Visconti não concorrerá, como se informou em um primeiro momento dias atrás.
A reitora do CNE confirmou o reajuste do cronograma das eleições presidenciais, após o atraso de 22 de abril a 20 de maio e que coincidirão com a votação para escolher os conselhos legislativos dos estados e municípios.
Por esse cronograma, o cartório eleitoral ficará aberto até 10 de março, com impugnações entre os dias 16 e 18 do mesmo mês, enquanto a auditoria acontecerá no dia 19 e o número definitivo de eleitores será divulgado em 26 de março.
Além disso, Hernández assegurou que o CNE está em contato com a ONU "para estruturar a comissão" que vai a acompanhar o processo de 20 de maio.
Para esta convocação a Mesa da Unidade Democrática (MUD), principal coligação opositora, decidiu há dias não participar, por considerar que as eleições não acontecerão em condições "justas" e "transparentes".
A empresa Smartmatic, que se encarregava de garantir o sistema de votos na Venezuela, anunciou hoje que abandona definitivamente suas operações nesse país, em uma decisão relacionada com as denúncias que a multinacional formulou a partir dos pleitos para a oficialista Assembleia Nacional Constituinte, em agosto de 2017.
Após a realização dessas eleições, a empresa assegurou que a diferença entre as cifras da participação real e a proclamada oficialmente era de cerca de um milhão de votos.