Gaza: 43% dos árabes israelenses acreditam que as duas partes do conflito teriam problemas para criar dos Estados (Mohamad Torokman/Reuters)
EFE
Publicado em 5 de setembro de 2018 às 11h28.
Jerusalém - Quase a metade dos judeus israelenses (47%) apoia a solução dos dois Estados, um para israelenses e outro para palestinos, uma quantidade que chega a 73% no caso dos árabes israelenses, contra 46% que são contrários, informou o Instituto de Democracia de Israel nesta quarta-feira.
No entanto, a maioria dos israelenses (56%), tanto judeus quanto árabes, acredita que um acordo de paz que passe pelo estabelecimento de um Estado palestino é impossível de ser implementado, afirma o estudo por ocasião dos 25 anos da assinatura do Acordos de paz de Oslo, que será na semana que vem. Estes acordos abriam o caminho para a criação de um Estado palestino independente que não se materializou.
Para 43% dos árabes israelenses (palestinos que ficaram dentro de Israel após a criação do país em 1948), as duas partes encontrariam dificuldades de conseguir isso, enquanto entre os judeus israelenses 43% acreditam que são os palestinos que teriam mais problemas.
A pesquisa propôs quais seriam as principais linhas que os israelenses não estariam dispostos a atravessar para assinar a paz e que, em última instância, fariam qualquer negociação fracassar. Ao todo, 81% se opôs à libertação dos presos palestinos, 77% ao reconhecimento de Israel da "catástrofe" causada aos palestinos com a criação do Estado israelense, 75% a declaração de Jerusalém Leste como capital da Palestina e 71% ao estabelecimento de uma barreira aberta entre os dois Estados e ao encerramento dos assentamentos judeus isolados em território ocupado.
"Em outras palavras, a maioria da população judaica é contra, por diferentes, mas claras razões, de todas as condições que o governo israelense teria que presumivelmente aceitar para conseguir um acordo e demonstrar que Israel quer de fato a paz", afirma o relatório.
Por sua vez, a maioria dos árabes israelenses apoia estes aspectos, especialmente a libertação dos prisioneiros, com 91% dos entrevistados a favor.