Equipes observam os destroços da aeronave da Malaysia Airlines, que caiu na Ucrânia (Maxim Zmeyev/Reuters)
Da Redação
Publicado em 25 de julho de 2014 às 13h48.
Bruxelas - O Ministério de Defesa holandês confirmou nesta sexta-feira que 40 policiais nacionais viajarão para a Ucrânia para participar da busca por mais restos das vítimas da tragédia aérea ocorrida há uma semana.
O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, que compareceu de manhã perante o comitê de Relações Exteriores do parlamento, disse aos deputados que o governo ia enviar 40 policiais nacionais não armados e 23 especialistas legistas ao local do desastre para participar junto à equipe legista ali desdobrada na busca por mais restos.
A polícia da Holanda, além disso, realizou hoje uma chamada para ter acesso às "pessoas que estão em posse de material associado ao acidente", segundo um comunicado.
A polícia acrescentou que os investigadores "querem ter o retrato do cenário onde ocorreu o desastre antes, durante e depois" do derrubamento supostamente por um míssil do voo MH17, operado pela Malaysia Airlines, e com 298 pessoas a bordo quando sobrevoava território ucraniano controlado por separatistas pró-russos.
A polícia holandesa considera que ter imagens recentes do marco zero do desastre pode ajudar a reconstruir o cenário, por isso que divulgou esta chamada, além de em holandês, nos idiomas russo e ucraniano.
Dois aviões militares da Holanda e Austrália, os dois países com mais vítimas nessa tragédia aérea ocorrida há uma semana e que tirou a vida de 193 holandeses, começaram na quarta-feira a transportar os restos das vítimas desde o aeroporto de Kharkiv, sob controle da Ucrânia.
Os aviões que saíram nesta manhã desse aeroporto chegaram já à base aérea de Eindhoven com outros 75 caixões, onde foram recebidos pelo ministro das Finanças, Jeroen Dijsselbloem, e o secretário de Estado de Justiça, Fred Teeven.
Está previsto que o último voo para transferir os restos das vítimas saia amanhã do aeroporto ucraniano de Kharkov.