Nova-iorquina aguarda para receber leite de graça de um programa assistencial (AFP/ Spencer Platt)
Da Redação
Publicado em 13 de fevereiro de 2013 às 19h51.
Nova York - Uma em cada três crianças vive na pobreza em Nova York, percentual que chega a 40% quando se trata de latinos, segundo um estudo publicado por uma organização dedicada à infância.
Em seu relatório de 2013, publicado na terça-feira, o Comitê de Cidadãos para as Crianças (CCC, na sigla em inglês) diz que 29,8% dos 1,768 milhão de crianças nova-iorquinas vivem abaixo do limite de pobreza segundo os parâmetros federais nos Estados Unidos.
O percentual chega a 39,4% quando se trata de crianças latinas, mais do que as negras (29,9%), os asiáticos (24%) e os brancos (17,4%), acrescentou o informe.
O estudo "mostra o impacto da recessão das famílias e das crianças na cidade de Nova York, com um terço das crianças de Nova York vivendo na pobreza, mais lares dependendo de cupons de comida e população sem teto em níveis recorde".
O índice de pobreza geral na cidade era de 20,9% em 2011, um aumento de 20,1% com relação ao registrado em 2010.
Quanto às crianças, o percentual passou de 26,5% em 2008 para 29,8% em 2011, segundo o CCC.
Entre os números do estudo, destaca que a renda média anual de uma família branca (US$ 70.971) quase dobra o de uma latina (US$ 33.928).
O governo federal americano calcula todo ano o limite de pobreza a partir da renda de um lar e os gastos requeridos para cobrir suas necessidades de acordo com o número de pessoas que o compõem.
Em 2012, este limite era de US$ 11.170 para uma família unipessoal, US$ 15.130 para um casal, US$ 19.090 para três pessoas e US$ 23.050 para quatro.
O Comitê de Cidadãos para as Crianças foi criado em 1944, durante a Segunda Guerra Mundial, e entre seus fundadores e primeiros membros estava a ex-primeira-dama Eleanor Roosevelt, esposa do presidente americano Franklin Delano Roosevelt.