"A intensificação dos programas de vacinação, interrompidos pela epidemia, vai salvar vidas", diz o diretor da Unicef para África Ocidental e Central (Oli Scarff/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 24 de abril de 2015 às 13h05.
Nairóbi - Guiné, Libéria e Serra Leoa estão realizando a maior campanha de vacinação desde o início do surto de ebola para proteger milhões de crianças contra doenças que são possíveis prevenir, mas que são potencialmente mortais, informou nesta sexta-feira a Unicef em comunicado.
Por ocasião da Semana Mundial da Vacinação, que começa nesta sexta-feira e termina em 30 de abril, os três países mais afetados pelo vírus pretendem vacinar mais de três milhões de crianças contra doenças como o sarampo e a poliomielite através de campanhas que a Unicef apoia com vacinas e formação.
"Enquanto continuam os esforços para zerar os casos de ebola, é fundamental que os serviços básicos de saúde sejam restabelecidos", declarou Manuel Fontaine, diretor regional da Unicef para África Ocidental e Central.
"A intensificação dos programas de vacinação, interrompidos pela epidemia, vai salvar vidas e evitar um retrocesso em matéria de saúde com relação aos progressos conquistados nestes países antes do surto", acrescentou Fontaine.
As campanhas de vacinação começaram quando ainda estava ativa a ameaça do ebola, por isso que os vacinadores seguem estritos protocolos que incluem o uso de roupa de proteção como luvas e aventais, assim como lavar as mãos regularmente.
Até o momento, a Organização Mundial da Saúde informou de mais de 26 mil casos de ebola e 10 mil mortes nos três países, onde o surto debilitou os já frágeis sistemas de saúde e interrompeu as intervenções de saúde rotineiras.