Mundo

2,5 mil prefeitos da Hungria enviam carta à UE contra refugiados

O documento exige que o país seja retirado do sistema de distribuição de refugiados na União Europeia (UE)

Hungria: no ano passado, a Hungria fechou suas fronteiras com a Sérvia e a Croácia para evitar a entrada ilegal de refugiados (Getty Images)

Hungria: no ano passado, a Hungria fechou suas fronteiras com a Sérvia e a Croácia para evitar a entrada ilegal de refugiados (Getty Images)

E

EFE

Publicado em 7 de dezembro de 2016 às 13h44.

Budapeste - Aproximadamente, 2.500 prefeitos da Hungria, 80% do total, assinaram uma carta aberta ao presidente da Comissão Europeia (CE), Jean-Claude Juncker, exigindo que o país seja retirado do sistema de distribuição de refugiados na União Europeia (UE).

"Infelizmente, a maioria dos políticos europeus não nota os perigos da imigração em massa. Existem sinais claros disso, já que toda semana observamos que a imigração vem acompanhada da criminalidade e do terrorismo", afirmou o presidente da Associação de Municípios da Hungria, Szita Károly, em entrevista à agência de notícias "MTI".

Os prefeitos querem que a Comissão Europeia considere "a voz dos cidadãos húngaros e europeus". O grupo também pede a Juncker que faça "todo o possível para defender as fronteiras do Espaço Schengen (de livre circulação) e defender os europeus".

Além do texto conjunto, os governantes escreveram cartas individuais, que serão enviadas à CE "em poucos dias", segundo Károly.

O governo húngaro, do conservador nacionalista Viktor Orbán, se opõe categoricamente a divisão de refugiados e, inclusive, realizou em outubro um referendo contra esse sistema. A participação na consulta não alcançou os 50% e, por isso, foi considerada legalmente nula, embora 98% dos que votaram tenham apoiado a postura de Orbán.

A Hungria, segundo o sistema de realocação elaborado pela União Europeia, deveria aceitar apenas 1.294 solicitações de asilo. O governo húngaro, assim como outros da região, como a Polônia, a Eslováquia e a República Tcheca, se posicionou contra essa divisão.

No ano passado, a Hungria fechou suas fronteiras com a Sérvia e a Croácia para evitar a entrada ilegal de refugiados, que a partir de lá pretendem passar a países mais ricos da Europa, como Áustria e Alemanha.

Acompanhe tudo sobre:HungriaRefugiadosUnião Europeia

Mais de Mundo

Trump nomeia Chris Wright, executivo de petróleo, como secretário do Departamento de Energia

Milei se reunirá com Xi Jinping durante cúpula do G20

Lula encontra Guterres e defende continuidade do G20 Social

Venezuela liberta 10 detidos durante protestos pós-eleições