Colombianos que foram deportados da Venezuela em um albergue temporário em Cúcuta (REUTERS/Jose Miguel Gomez)
Da Redação
Publicado em 11 de setembro de 2015 às 13h59.
Bogotá - Mais de 21.000 colombianos foram expulsos ou abandonaram a Venezuela desde que começou há mais de três semanas a crise na fronteira comum, revelou nesta sexta-feira o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês).
No relatório "Situação humanitária na fronteira colombo-venezuelana", o OCHA indicou que o número de colombianos expulsos da Venezuela pelos departamentos de Norte de Santander, La Guajira, Arauca e Vichada é de 1.482.
Além disso, "se estima que 19.952 pessoas retornaram ao país através destes quatro departamentos", acrescentou a informação, ressaltando que "estas pessoas se viram forçadas a retornar por sua conta, pelas condições atuais e pelo temor a ser deportadas".
A crise na fronteira começou em 19 de agosto, quando o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou o fechamento da passagem entre Norte de Santander e o estado de Táchira, o principal entre ambos países - medida que foi seguida da declaração de um estado de exceção e da expulsão de centenas de colombianos e o retorno a seu país de outros milhares por medo.
O OCHA informou que até quarta-feira passada tinham sido registrados oficialmente 15.176 colombianos retornados pelo Norte de Santander, mas admitiu que "se estima que o número total" dos que retornaram por esse departamento "seja de 18.283 pessoas".
O relatório acrescentou que 2.968 permanecem em 23 albergues temporários e hotéis nos municípios fronteiriços de Cúcuta e Villa del Rosario, enquanto outros 1.471 se transferiram, com o apoio da Organização Internacional de Migrações (OIM), a outros lugares no país.