Zimmermman também aposta no crescimento da energia eólica (.)
Vanessa Barbosa
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.
São Paulo - Até pouco tempo atrás, o pré-sal era uma interrogação. Hoje, trata-se de uma realidade. A afirmação é do ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, que participou nesta segunda (20) do EXAME Fórum Energia, em São Paulo. Segundo o ministro, em 10 anos, o país estará produzindo cerca de 5 milhões de barris de petróleo diariamente.
"O Brasil vive um momento impar na sua história", afirmou. "Na década de 70, importávamos 80% do petróleo que consumíamos. Nos últimos dois anos atingimos a auto-suficiência. E nos próximos dez anos, mais do que duplicaremos a produção nacional de petróleo".
De acordo com o presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), Maurício Tolmasquim, em 2019 o país exportará o equivalente ao volume do óleo que produz hoje, de cerca de dois milhões de barris.
Segundo Zimmermann, o crescimento industrial do pré-sal será um indutor da expansão econômica brasileira, ao lado do incremento da produção de energia por hidroelétricas e outras fontes renováveis. O ministro lembrou da importância de grandes projetos na área implementados a partir de 2006, como o das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, ambas no Rio Madeira, e do desafio de garantir o desenvolvimento do setor pelos próximos dez anos.
O consumo per capita nacional - hoje de 2.300 kw/h, três vezes menor que o europeu - deve aumentar, segundo o ministro, à medida que a classe média brasileira se fortalece. "Para atender a demanda e grantir o crescimento, teremos que incrementar a produção energética em 70 mil MW até 2019", afirmou, acrescentando que as fontes alternativas ajudarão o país a alcançar essa meta. Zimmermann se disse surpreso com o resultado do último leilão de energia alternativa realizado no mês passado e que teve o maior número de projetos habilitados do setor.
"A participação expressiva da energia eólica e sua competitividade foi impressionante", disse. "Torcemos agora pela geração energética a partir da biomassa. Há uma perspectiva positiva para o crescimento desse tipo de fonte a preços competitivos". Segundo o ministro, o Brasil tem a vantagem de ter diversas fontes disponíveis e complementares. "Quem quiser investir aqui, sabe que pode contar com uma infraestrutura energética modelo".
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