Segundo os cientistas, esse aumento de temperatura é provocado pelo aumento de concentração de gases do efeito estufa na nossa atmosfera (NASA)
Da Redação
Publicado em 23 de janeiro de 2012 às 14h40.
São Paulo - De acordo com cientistas da NASA, a média de temperatura de 2011 foi a nona mais quente já registrada desde 1880. Nove entre os dez anos mais quentes ocorreram desde 2000.
A pesquisa feita pelo GISS (Goddard Institute for Space Studies), da NASA, registrou um valor médio em 2011 de 0,51º C mais quente do que a temperatura base utilizada durante o século XX. Portanto, a comparação mostra que a Terra continua a apresentar temperaturas mais quentes do que em décadas passadas.
Segundo os cientistas, esse aumento de temperatura é provocado pelo aumento de concentração de gases do efeito estufa na nossa atmosfera, principalmente de CO2 (dióxido de carbono), emitido por combustíveis fósseis, usinas termoelétricas, entre outros.
O nível de CO2 na atmosfera era de 285 ppm (parte por milhão) em 1880, quando o registo da temperatura global começou. Em 1960, a concentração média havia subido para 315 ppm. Hoje, ela já ultrapassa 390 ppm, e continua a crescer a um ritmo acelerado.
Vale destacar que houve um empate técnico no registro de ano mais quente entre 2005 e 2010, com média de temperatura de 0,12º C maior do que 2011. Desde o início das medições, o único ano que não faz parte do século XXI, mas que esteve entre os dez anos mais quentes foi 1998.
James E. Hansen, diretor do GISS, diz que o planeta está absorvendo mais energia do que consegue emitir. Por isso, a tendência é que as temperaturas fiquem cada vez mais elevadas, as quais acontecem mesmo com a Terra sob efeito de resfriamento provocado pela influência do fenômeno La Niña e pela atividade solar mais baixa, de acordo com o GISS.
A NASA espera um recorde de temperatura média global nos próximos 3 anos, pois a atividade solar está em ascensão. Além disso, durante o próximo El Niño, as temperaturas tropicais do Pacífico tendem a aumentar.
Localizado em Nova York, o GISS coleta dados de mais de mil estações meteorológicas espalhadas pelo mundo, bem como observações de satélite da superfície do mar, além de estações de pesquisa na Antártida, para fazer as análises. Há também um programa de computador à disposição do público, que é usado para calcular a diferença entre a temperatura da superfície em um determinado mês e a temperatura média para o mesmo lugar durante um determinado período.