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1. 2010: o ano dos desastres naturais
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São Paulo - Temperaturas extremas, furacões, erupções vulcânicas, enchentes, tempestades, deslizamentos, tsunamis, incêndios. Em todo o mundo, uma série de catástrofes naturais sucedeu-se ao longo do primeiro semestre deste ano, deixando centenas de milhares de vítimas e um rastro sem precedentes de destruição. Há quem as relacione ao aquecimento do planeta. Outros não enxergam conexão alguma entre as mudanças climáticas e a ação humana predatória. Ainda são muitas as incertezas sobre o que anda acontecendo no mundo, com exceção de uma: estamos todos em maior ou menor grau sob risco. Afinal, alertam os cientistas, não é o planeta que está ameaçado, mas a humanidade. Embora os desastres naturais ocorram por todos os lados, segundo o Worldwatch Institute, seus impactos recaem desproporcionalmente sobre as populações pobres, que vivem em áreas vulneráveis e dispõem de poucos recursos. O terremoto que deixou o Haiti em migalhas no começo do ano, por exemplo, lidera a lista dos maiores desastres ocorridos em 2010, feita pela Forbes. Veja a seguir.
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2. Haiti: o país mais pobre das Américas é também o mais devastado
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São Paulo - No dia 12 de janeiro de 2010, um forte terremoto de magnitude 7,0 na escala Richter atingiu o país, matando 250 mil pessoas e deixando cerca de 1,5 milhão desabrigadas. O epicentro foi a poucos quilômetros da capital, Porto Príncipe, onde inúmeros edifícios foram destruídos, incluindo o palácio presidencial, sede do governo.Cadáveres foram enterrados em valas comuns ou pelas próprias famílias. Sete meses após o desastre, a situação humanitária do país, o mais pobre das Américas - onde 60% da população é subnutrida e mais da metade vive com menos de um dólar por dia -, ainda é caótica.Milhares de haitianos vivem em acampamentos nas ruas, aguardando a chegada da temporada de furacões e tempestades. Há o temor de que enchentes causadas pelas tempestades provoquem epidemias nos acampamentos. A água potável, alimentação e remédios não são suficientes para suprir as necessidades da população.
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3. Paquistão enfrenta a pior inundação da sua história
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São Paulo - As chuvas torrenciais sem precedentes causaram inundações devastadoras no Paquistão, deixando mais de 1,5 mil mortos e outras cinco milhões de pessoas desabrigadas. Felizmente, um mês após o início das chuvas - que destruíram plantações, derrubaram pontes, estradas e redes de comunicação e energia -, as águas finalmente começaram a baixar no sul do país.O número de mortos deve aumentar significativamente à medida que os corpos de muitas das pessoas desaparecidas forem encontrados. Além da destruição e do risco de desabamentos, autoridades locais se preocupam com a disseminação de doenças, como a cólera.Em entrevista à agência de notícias BBC, a organização de caridade britânica Oxfam alertou que poderá ocorrer falta de alimentos no Paquistão até 2011. As enchentes danificaram ao menos 3,2 milhões de hectares de terras agrícolas, aproximadamente 14% da terra cultivada do Paquistão.
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4. Terremoto chileno pode ter encurtado o dia na Terra
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São Paulo - O tremor com magnitude de 8.8 graus que sacudiu o Chile na madrugada do dia 27 de fevereiro atingiu 80% do país e espalhou destruição. Pelo menos 1,5 milhão de residências foram danificadas, pontes e estradas foram destruídas, abalando a infraestrutura do país. Estima-se que os prejuízos econômico beirem os 30 bilhões de dólares.Segundo pesquisadores da NASA, o terremoto que durou um minuto e meio afetou a rotação do planeta, o que pode ter encurtado o dia na ocasião. A redução teria sido de 1,26 microssegundos frente a uma alteração no eixo da Terra de 8 centímetros.O tremor ocorreu às 3h34 da madrugada, com epicentro no mar, a 325 km a sudeste da capital Santiago, numa profundidade de mais de 50 km, segundo a Geological Survey dos EUA. A mesma região foi centro do maior terremoto da história do Chile, em 22 de maio de 1960. O tremor de magnitude 9,5 matou 1.655 pessoas e deixou 2 milhões de desabrigados.
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5. Rússia arde em temperaturas recordes
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São Paulo - 2010 também promete ser o ano mais quente da história. Mais de 17 países já bateram recordes de calor. Na Rússia, a máxima de 44ºC foi registrada há um mês, no dia 11 de julho. Em geral, ela deveria ficar em torno dos 30º. A onda de calor sem precedentes vem causando incêndios florestais e colocando em risco a produção de grãos. Segundo o Ministério da Agricultura, cerca de 25% da safra já foi afetada.Além dos prejuízos ambientais, as temperaturas extremas também afetam a saúde da população. Segundo reportagem da AFP, o ministério russo da Saúde admitiu recentemente uma alta da mortalidade de 50% em Moscou e de 8,6% em todo o país em conseqüência da onda de calor de julho, na comparação com o mesmo mês do ano passado.No Brasil, embora não tenha sido registrado nenhum recorde de temperatura, o clima quente e seco tem prejudicado as regiões do Norte e Centro-Oeste. Segundo o INPE, os focos de queimada no país aumentaram 134% em relação ao ano passado, e devem continuar até novembro.
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6. Inverno leva caos e mortes à Europa
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São Paulo - A chegada do inverno à Europa, no início do ano, trouxe nevascas e temperaturas abaixo de zero, deixando vítimas do frio e de acidentes, além de ter provocado situações caóticas em vários serviços. Em algumas regiões, as temperaturas ficaram abaixo dos 20 graus negativos. Na Baviera, ao sul da Alemanha, elas chegaram aos 34 graus negativos.As condições meteorológicas causaram atrasos e cancelamentos de vôos nos aeroportos. Milhares de europeus ficaram presos em trens, estações e estradas que ficaram repletas de neve, o que aumenta o risco de acidentes. O trem Eurostar, que liga Paris a Londres, teve suas viagens reduzidas à metade.No Reino Unido, os termômetros registraram o inverno mais frio do país em 30 anos, com temperaturas de até 22 graus abaixo de zero. Devido a impossibilidade de se fazer a colheita agrícola durante nevascas, os alimentos praticamente sumiram das prateleiras dos supermercados.
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7. Vulcão europeu desperta e causa transtornos
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São Paulo - Inativo há quase 200 anos, o vulcão islandês Eyjafjallajokull entrou em erupção no dia 14 de abril, expelindo uma imensa nuvem de cinzas que paralisou o tráfego aéreo em mais de 20 países europeus por mais de uma semana.Segundo a Associated Press, a estrada perto do Eyjafjallajokull ficou de tal modo inundada que houve a necessidade de escavar buracos para que a água escorresse para a costa e, assim, evitar que as pontes cedessem. Na Islândia, as cheias causadas pelo degelo alagaram estradas e obrigaram à evacuação de cerca de 800 pessoas.Em entrevista à Reuters, em maio, o cientista e professor de Geofísica da Universidade da Islândia Magnus Tumi Gudmundsson afirmou que o vulcão não está mais em erupção. O especialista islandês advertiu, no entanto, que não se podia assegurar por enquanto se se trata de uma interrupção temporária da atividade ou do final da erupção.
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8. No Peru, frio extremo a três mil metros acima do nível do mar
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8/8 (Creative Commons)
São Paulo - As baixas temperaturas do inverno peruano levaram o país a decretar estado de emergência no mês de julho. Nas regiões montanhosas do sul do Peru, que ficam três mil metros acima do nível do mar, as temperaturas caíram para os 24 graus abaixo de zero.Centenas de pessoas – a maioria de crianças e jovens – morreram de doenças relacionadas ao frio, como pneumonia. A nevasca congelou a água em várias cidades e matou animais e plantações. Os hospitais estão lotados, principalmente de idosos e crianças, que sofrem de problemas respiratórios.Além do Peru, Argentina, Bolívia, Paraguai, Chile e Uruguai também sofreram com o frio intenso.