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200 estudantes se refugiam na embaixada americana no Burundi

Eles acampavam desde abril em frente à embaixada para pedir proteção, após terem sido desalojados de seu campus por manifestações contra o presidente do país


	Burundi: a violência aumentou esta semana no país, com vários ataques com granadas contra civis e policiais em Bujumbura e em outras áreas
 (REUTERS/Jean Pierre Aime Harerimana)

Burundi: a violência aumentou esta semana no país, com vários ataques com granadas contra civis e policiais em Bujumbura e em outras áreas (REUTERS/Jean Pierre Aime Harerimana)

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Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2015 às 12h04.

Bujumbura - A embaixada americana na capital do Burundi foi isolada nesta quinta-feira à tarde, com marines posicionados no teto, depois que 200 estudantes conseguiram entrar no local para pedir refúgio.

Os estudantes acampavam desde abril em frente à embaixada para pedir proteção depois de terem sido desalojados de seu campus no início das manifestações contra o presidente Pierre Nkurunziza.

Nesta quinta-feira, depois de receberem um ultimato da polícia, os estudantes buscaram refúgio na área da embaixada. Eles passaram por baixo das grades ou escalaram os muros. Depois se reuniram no pátio com os braços para o alto demonstrando o caráter pacífico da ação.

Nas ruas, a polícia aproveitou para confiscar os pertences dos estudantes, como barracas e mochilas.

As forças de segurança expulsaram os estudantes dos alojamentos universitários sob a alegação de "motivos de segurança", quando as primeiras manifestações contra um terceiro mandato do presidente Nkurunziza começaram a sacudir a capital Bujumbura.

Segundo os estudantes, as autoridades os acusavam de participação nos protestos contra o presidente e pretendiam que eles retornassem para suas províncias de origem.

Na próxima segunda-feira, o país terá eleições legislativas e municipais. A eleição presidencial, questionada pela oposição, está programada para 15 de julho.

A violência aumentou esta semana no país, com vários ataques com granadas contra civis e policiais em Bujumbura e em outras áreas, que deixaram pelo menos quatro mortos e dezenas de feridos.

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