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20 países e sua relação com as armas nucleares (Ralph Lee Hopkins/Getty Images)
Guilherme Dearo
Publicado em 25 de novembro de 2013 às 18h20.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h23.
Estados Unidos Os Estados Unidos foram os primeiros a desenvolverem a bomba atômica, em 1945. Também foram os primeiros e únicos a usarem a arma. Duas bombas foram jogadas no Japão, nas cidades de Hiroshima e Nagakasi, em agosto de 1945. O episódio pôs fim à Segunda Guerra Mundial. A arma foi desenvolvida durante a Segunda Guerra, no Projeto Manhattan, e contou com cooperação inglesa e canadense. Os americanos temiam que a Alemanha nazista desenvolvesse a arma primeiro. O primeiro teste foi feito na região da Califórnia, em julho de 1945, na Operação Trinity. Após o fim da guerra, o país continuou a aumentar o seu arsenal. O impulso foi ainda maior depois de a União Soviética desenvolver a sua própria bomba. A corrida armamentista deu a cara da Guerra Fria. Nos anos de Guerra Fria, o país chegou a ter, aproximadamente, 70 mil ogivas. Em 1970, ele criou, junto com as outras potências nucleares, o Tratado de Não-Proliferação Nuclear, garantindo que eles não repassariam a tecnologia. Em 1992, o país fez o seu último teste nuclear. Com o fim da União Soviética, um acordo permitiu que ambos começassem a fechar suas fábricas e desmantelar as ogivas. Hoje, os americanos têm cerca de 5 mil bombas.
Reino Unido Apesar de ter colaborado no Projeto Manhattan, os britânicos tiveram de desenvolver o seu próprio método de fabricação e detonação atômica. O primeiro teste só foi feito em 1952, no Projeto Hurricane. Foi o terceiro país a desenvolver a bomba. Na década de 1970, acredita-se que seu arsenal tenha chegado a 520 bombas. Em 1968, foi um dos países a criar o TNP. Atualmente, o arsenal tem cerca de 225 ogivas.
China A China foi o quinto país a testar e obter uma bomba atômica, em 1964. O programa nuclear foi uma resposta direta do governo comunista às bombas americanas e soviéticas. Atualmente, o país possui entre 100 e 400 ogivas. Contudo, é um número pouco confiável, já que o governo chinês trata como segredo de estado o seu arsenal. Uma pesquisa de 2011 da Georgetown University, dos Estados Unidos, calculou que os chineses tenham 3 mil ogivas, escondidas em túneis. Outra pesquisa, liderada por cientistas da área, calcula que o país possa dobrar o seu arsenal até 2020.
Coreia do Norte A Coreia do Norte não é signatária do TNP. Acredita-se que o programa nuclear norte-coreano tenha começado em 1962. Em 2003, depois de ser acusado pelos Estados Unidos de desenvolver um programa secreto e ter sua assistência de energia cortada - de um acordo feito em 1994 -, o governo norte-coreano recuou, temporariamente, de seus planos. Em 2006, o governo anunciou um teste nuclear bem-sucedido, em uma clara tentativa de intimidar o governo americano. Contudo, os Estados Unidos disseram que, na verdade, fora feito um teste com um dispositivo nuclear que liberou isótopos radiativos e a manobra tinha sido apenas parcialmente bem-sucedida. Outros testes foram feitos em 2009 e em 2013. Em 2009, agentes internacionais reconheceram que o país possuía armas nucleares. Atualmente, o país tem entre 12 e 27 ogivas, número baseado a partir dos testes nucleares realizados.
Israel Israel não é signatário do TNP e, oficialmente, garante que não possui armas nucleares. Contudo, vários estudos e evidências indicam que o país tem bombas atômicas. É considerado o sexto país do mundo a construir a bomba, em 1967. Elas teriam sido concluídas logo após a Guerra dos Seis Dias. Em 1979, o país teria participado do obscuro caso chamado de "Incidente Vela", um teste nuclear no Oceano Índico feito em conjunto com a África do Sul. O Natural Resources Defense Council and the Federation of American Scientists avalia que Israel tenha entre 75 e 200 ogivas nucleares. Em 2008, o ex-presidente americano Jimmy Carter disse que Israel tinha 150 ogivas ou mais.
Alemanha A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), a partir dos Estados Unidos, fechou um acordo com países europeus para transferir algumas armas nucleares. A Alemanha foi um dos países a receber o armamento. Na base de Büchel, o país mantém entre 20 e 40 ogivas nucleares, sob o comando do 52º braço armado da Otan. O governo alemão também é signatário do TNP.
Bélgica A Bélgica é um dos países a receber armas nucleares a partir do acordo com a Otan e os Estados Unidos. Na base de Kleine-Brogel, o país tem entre 10 e 20 ogivas, sob a 52º braço armado da organização. O governo belga também é signatário do TNP.
Holanda A Holanda é um dos países a receber armas nucleares a partir do acordo com a Otan e os Estados Unidos. Em Volkel, sob o 52º braço armado da Otan, há entre 10 e 20 ogivas. O governo holandês também é signatário do TNP.
Turquia A Turquia é um dos países a receber armas nucleares a partir do acordo com a Otan e os Estados Unidos. Em Incirlik, sob o 39º braço armado da Otan, há entre 50 e 90 ogivas. O governo turco também é signatário do TNP.
Belarus O país chegou a ter armas nucleares porque era um território da União Soviética até 1991 e o governo russo armazenou algumas ogivas no território. Até 81 mísseis estiveram em Belarus. Em 1996, todos eles foram transferidos para a Rússia. Em 1992, o país assinou o TNP.
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