São Paulo – O Prêmio Pulitzer, maior honraria do jornalismo internacional, anunciou seus vencedores no início desta semana e trouxe a crise dos
refugiados para o centro das atenções de uma de suas mais consagradas categorias, a “Fotojornalismo”. A situação dessas pessoas parece não melhorar. Se antes conseguiam entrar com relativa tranquilidade nos países europeus, agora os refugiados enfrentam a política de deportação firmada entre
União Europeia e Turquia. Entre as crianças refugiadas, o cenário é ainda pior. Nesta semana, a Alemanha
revelou que quase 8 mil menores desacompanhados foram registrados como desaparecidos. Teme-se que tenham sido forçados a entrar numa vida de prostituição e exploração. A maioria dessas pessoas vêm de países como Síria e Iraque, devastados por guerras e pelo problema da atividade terrorista do grupo extremista
Estado Islâmico. Para tentar sobreviver, deixam tudo para trás em busca de uma nova vida em solo europeu. Arriscam-se por fronteiras terrestres ou embarcações precárias via Mar Mediterrâneo. Só em 2016, 179 mil pessoas atravessaram o mar em direção à Europa e 737 mortes foram registradas, revelaram
números atualizados da Organização Mundial para Migração (IOM). Em 2015, o total de refugiados que realizaram essa jornada entre janeiro e abril foi de 23 mil. Prêmio Pulitzer Neste ano, esse prêmio na categoria “
Fotojornalismo” foi dividido pelas equipes da agência de notícias Reuters e do jornal americano The New York Times. A equipe da Reuters acompanhou grupos de refugiados pelas fronteiras europeias e o trabalho foi elogiado pela força e identidade de cada imagem registrada. Já a equipe do NYT recebeu o prêmio por ter retratado com fidelidade a determinação dos refugiados e os perigos das suas jornadas. No site do
Prêmio Pulitzer, é possível conferir todas as fotografias premiadas na edição 2016 da honraria. Nesta galeria, EXAME.com apresenta algumas delas. E fica o alerta: as imagens são fortes.