São Paulo - Pela primeira vez na história, Pequim, capital da
China, emitiu, nesta segunda-feira (07), um "alerta vermelho" de
poluição atmosférica. Nos últimos três dias, os níveis de concentração das PM 2,5, as partículas mais nocivas à
saúde, ultrapassaram repetidas vezes a marca dos 200 microgramas por metro cúbico, valor bem acima do considerado seguro pela Organização Mundial de Saúde, que é de 25 microgramas por metro cúbico. A sequência de grande poluição coincide com a realização da 21ª Conferência das Partes (
COP21) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), em Paris, que busca um acordo global para frear as
mudanças climáticas, sendo a China um dos atores mais importantes da negociação, ao lado dos Estados Unidos. Desde o ano passado, o governo chinês vem anunciando medidas para contornar o problema, que incluem a melhoria da qualidade do combustível, a limitação do número de carros que podem circular nas ruas e o aumento dos investimentos em energias renováveis. Mas a espessa neblina de poeira já virou um pesadelo ambiental que assombra o país várias vezes ao longo do ano. O "arpocalipse" é o preço salgado que a locomotiva asiática vem pagando por um crescimento econômico a todo custo que sempre fechou os olhos para os impactos no meio ambiente e na saúde da população. Veja nos slides 10 números chocantes sobre a poluição na China.