Cadáveres são vistos no chão enquanto a polícia indonésia aramada com rifles se proteje atrás de um carro em Jacarta (REUTERS/Beawiharta)
Vanessa Barbosa
Publicado em 14 de janeiro de 2016 às 11h03.
São Paulo - Um ataque terrorista, atribuído ao grupo extremista Estado Islâmico, deixou ao menos sete mortos e 19 feridos na manhã desta quinta-feira em Jacarta, capital da Indonésia.
De acordo com os últimos dados oficiais, cinco dos sete mortos seriam militantes, e as outras duas vítimas são de estrangeiros, possivelmente um alemão e o outro canadense.
Por volta das 10:30 (hora local), a mídia de Jacarta relatou a explosão de vários dispositivos em uma área central da capital indonésia muito perto do palácio presidencial e dos escritórios das Nações Unidas, além de várias embaixadas e escritórios de grandes empresas.
Ao que tudo indica, um dos alvos dos atacantes era um posto de guardas de trânsito localizado no cruzamento de duas avenidas centrais.
Outro alvo do ataque foi um café Starbucks que fica em frente ao centro comercial Sarinah, no bairro de Jalan Thamrin, onde houve intensas trocas de tiros.
Após várias horas de caos e confrontos, a polícia disse que a situação está sob controle e prendeu outros quatro suspeitos de terem participado do ataque.
A carnificina em Jacarta ocorre dois dias depois do Estado Islâmico vangloriar-se de um atentado suicida no coração de Istambul, na Turquia, que fez 10 mortos.
Segundo informações da agência AFP, a Indonésia tem a maior população muçulmana do mundo, 88% de seus 250 milhões de habitantes, e já foi alvo de vários ataques de islamitas radicais.
O maior deles foi em 2002, na ilha turística de Bali, quando 202 pessoas morreram, em sua maioria turistas australianos.
Um vídeo que está circulando nas mídias sociais mostra pelo menos uma das explosões que abalaram Jacarta nesta quinta-feira.