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10 fotos "sufocantes" da poluição do ar na China

O "arpocalipse" ataca novamente. É cinza. É perigoso. É de tirar o ar

Homem de máscara passa em frente ao edifício China Central Television (CCTV) durante dia poluído em Pequim. (REUTERS)

Homem de máscara passa em frente ao edifício China Central Television (CCTV) durante dia poluído em Pequim. (REUTERS)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 1 de dezembro de 2015 às 13h37.

São Paulo - A capital da China, Pequim, e muitas cidades na parte norte do país registraram a pior poluição do ano, segundo medições de qualidade do ar. Em alguns lugares, os níveis de poluentes foram tão altos que os aparellhos não conseguiram realizar a leitura.  

Entre ontem e hoje (01), os níveis das partículas PM 2,5, consideradas a mais perigosas para a saúde, ficaram 26 vezes acima do considerado seguro pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

As PM2,5 são micropartículas de poeira que medem apenas 0,0025mm, resultantes da combustão incompleta de combustíveis fósseis utilizados pelos veículos automotores e usinas a carvão.

Imperceptível a olho nu, o material particulado não encontra barreiras físicas: afeta o pulmão e pode causar asmas, bronquite, alergias e outras graves doenças cardiorrespiratórias.

Segundo um estudo médico divulgado nesta terça-feira, o número de mortes por câncer de pulmão na China deve chegar a 700 mil ao ano até 2020 e a mortalidade da doença aumentará em 44% em relação a 2010, relata a agência EFE.

No mundo, de acordo com a OMS, a cada ano, cerca de 2,1 milhões de pessoas morrem por complicações relacionadas à má qualidade do ar.

Emissões de CO2

Em geral, a maior parte das cidades com o maiores níveis de poluição encontram-se na província chinesa de Hebei, que é o lar de um grande número de usinas de energia movidas a carvão e indústrias, incluindo de aço e cimento, que queimam ao monte esse combustível de origem fóssil e grande emissor de gases efeito estufa. 

Apesar da pressão ambiental contrária crescente, o carvão continua sendo uma importante fonte na matriz energética daquele país, suprindo cerca de 66% da demanda total de energia.

Em março deste ano, a China anunciou um plano para reduzir o consumo de carvão e impulsionar a eficiência energética como parte dos esforços para diminuir a poluição do ar.

Desde janeiro de 2013, o país vem adotando medidas de controle da poluição, que incluem restrições à venda de carros e ao fluxo do veículos nas ruas. 

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