Refugiados sírios curdos: ontem, cerca de sete jihadistas morreram em enfrentamentos com milicianos curdos e brigadas islamitas rivais (Murad Sezer/Reuters/Reuters)
Da Redação
Publicado em 28 de setembro de 2014 às 10h07.
Cairo - Pelo menos 1,5 mil combatentes curdos, procedentes da Turquia, se uniram em pouco mais de uma semana às milícias curdas sírias para conter os jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) na cidade de Kobani, no norte da Síria.
Segundo informou neste domingo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, estes novos combatentes ocorreram com as chamadas Unidades de Proteção do Povo Curdo para recuperar o território ganho pelos extremistas.
Kobani, um dos principais enclaves curdos da Síria, situado na província de Aleppo e na fronteira com a Turquia, é alvo de uma ofensiva jihadista desde 16 de agosto.
O EI conseguiu tomar neste tempo o controle de pelo menos 65 aldeias, o que forçou a fuga de perto de 200 mil civis curdos.
Fontes curdas locais elevaram para 1,8 mil o número de combatentes procedentes da Turquia e que lutam nas Unidades de Proteção do Povo Curdo.
Por outro lado, o Observatório apontou que prosseguiram hoje os combates entre o EI e os milicianos curdos nos arredores da vizinha cidade de Al Shar, próxima à fronteira turco-síria.
Ontem, cerca de sete jihadistas morreram em enfrentamentos com milicianos curdos e brigadas islamitas rivais perto de Kobani.
Os curdos estão opondo uma dura resistência ao avanço do EI no Iraque e Síria, onde os extremistas sunitas proclamaram um califado no final de junho.
Os EUA começaram na segunda-feira passada a ofensiva contra o EI na Síria, na qual também participam vários estados árabes como a Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Jordânia.