Moon Jae-in: ele afirmou que a Coreia do Sul precisa aprender a dizer "não" aos EUA (Kim Kyunghoon/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 9 de maio de 2017 às 16h17.
Última atualização em 9 de maio de 2017 às 16h38.
Washington - A vitória de Moon Jae-in na eleição presidencial da Coreia do Sul representa um desafio inicial ao plano do governo de Donald Trump de exerce maior pressão econômica e diplomática sobre a Coreia do Norte, a fim de que o regime de Pyongyang reduza seu programa de armas nucleares.
Moon, que deverá tomar posse na quarta-feira, defendeu a política de isolamento e disse que procurará conversar com o líder norte-coreano, Kim Jong Un.
Ele também afirmou que a Coreia do Sul precisa aprender a dizer "não" aos EUA.
Essa abordagem poderia entrar em conflito com a proposta de Donald Trump e de outros integrantes do governo americano desejam para a região, que inclui uma estratégia para aumentar a pressão financeira, diplomática e militar em relação à Coreia do Norte, enquanto o diálogo é procurado, mas apenas sob condições adequadas.
O governo Trump enfatizou a importância de pressionar economicamente Pyongyang, ao pedir a aliados que imponham sanções e elaborem novas medidas contra a Coreia do Norte.
Moon, por outro lado, pretende promover uma política de ajuda humanitária aos norte-coreanos. Ele disse que procurará uma cooperação econômica com Pyongyang.
"Pode ser uma mistura volátil, a menos que haja muita coordenação política entre os dois líderes no início", afirmou John Park, diretor do Grupo de Trabalho da Coreia na Harvard Kennedy School.
Segundo Victor Cha, que ajudou a supervisionar a política norte-coreana durante o segundo mandato de George W. Bush, Moon não procurará "um engajamento sem sentido se os norte-coreanos estiverem em testes de guerra. É uma questão de coordenação com os EUA. É por isso que uma reunião precoce com os EUA é importante".
Fonte: Dow Jones Newswires