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Enquanto a Zona Sul tem maior demanda por imóveis econômicos, a Zona Oeste domina nos segmentos médio e alto padrão na capital paulista (Germano Lüders/Exame)
Repórter de Mercado Imobiliário
Publicado em 8 de abril de 2025 às 15h11.
Última atualização em 8 de abril de 2025 às 15h28.
Enquanto a zona sul tem maior demanda por imóveis econômicos (até R$ 12 mil), a zona oeste domina nos segmentos médio (de R$ 12 mil a R$ 24 mil) e alto padrão (acima de R$ 24 mil) em São Paulo. Os dados são da primeira edição do Índice de Demanda Imobiliária (IDI-São Paulo), que analisou cinco principais zonas — norte, sul, leste, oeste e centro — com potencial para investimentos em imóveis residenciais verticais.
O novo índice faz parte do IDI Brasil, que está em sua terceira edição e que conta com análise do mercado imobiliário em outras 76 cidades do Brasil. Com abrangência em todos os distritos da capital paulista, ele utiliza dados de transações reais — anonimizados e não autodeclarados. O estudo é uma iniciativa do Ecossistema Sienge, CV CRM e Grupo Prospecta, em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
Gabriela Torres, gerente de Inteligência Estratégica do Ecossistema Sienge, afirma que a capital paulista representou um grande desafio desde o início da idealização do índice. “Sendo a maior cidade da América Latina, seus números absolutos superam, de longe, os de qualquer outra cidade brasileira. Para garantir uma análise justa e abrangente, desenvolvemos variáveis no modelo matemático capazes de equilibrar essa liderança. Ficou evidente que a capital paulista precisava de um recorte específico, e é exatamente isso que estamos lançando agora: uma visão focada que revela a demanda real em suas cinco zonas”, afirma a especialista.
A zona sul de São Paulo mantém a liderança absoluta, ocupando a primeira posição ao longo dos trimestres, sendo sustentada por altos valores em praticamente todos os indicadores econômicos.
Já a zona leste segue consolidada na segunda posição. A zona norte, por sua vez, demonstra um crescimento gradual, saindo da quinta posição no terceiro trimestre de 2024 para a quarta posição no quarto trimestre.
1. Sul - valor - 0,817
2. Leste - valor - 0,737
3. Oeste - valor - 0,689
A zona oeste continua a liderar o segmento de médio padrão. A zona sul permanece na segunda colocação, sem grandes oscilações, e se destaca principalmente pelos seus indicadores de demanda, dinâmica econômica e a atratividade de lançamentos antigos. Já a zona leste está consolidada na terceira posição, impulsionada por bons indicadores de oferta de terceiros e uma crescente atratividade de novos lançamentos.
1. Oeste - valor - 0,791
2. Sul - valor - 0,636
3. Leste - valor - 0,515
A zona oeste continua a dominar o mercado de alto padrão, mantendo-se na primeira posição ao longo dos trimestres. A zona sul, por sua vez, garante estabilidade na segunda colocação. Já a zona norte apresentou valorização significativa, subindo da quinta para a quarta posição no primeiro trimestre de 2025. O estudo atribui o crescimento ao aumento na atratividade tanto de lançamentos antigos quanto novos, refletindo a crescente demanda e a transformação da região em um polo de investimentos no segmento de alto padrão.
1. Oeste - valor - 0,747
2. Sul - valor - 0,65
3. Leste - valor - 0,538
O modelo matemático utilizado avaliou a atratividade das cidades brasileiras para projetos imobiliários por meio de seis indicadores principais, que abrangem aspectos essenciais do mercado. Cada indicador foi ponderado por especialistas para refletir sua relevância.
O resultado do modelo é uma lista de cidades com maior atratividade, apresentadas em forma de ranking com base no cálculo do IDI. A escala de atratividade vai de 0,000 a 1,000, onde as cidades que obtiverem um score próximo de 1,000 são consideradas altamente atrativas.
As cidades são classificadas em cinco categorias de atratividade: Muito Alta, Alta, Média, Baixa e Muito Baixa, de acordo com seu score no IDI.