Mercado imobiliário em SP: em 2017, os lançamentos de imóveis residenciais na cidade cresceram 48 por cento sobre 2016, para 28,7 mil unidades (Mario Tama/Getty Images)
Reuters
Publicado em 20 de fevereiro de 2018 às 16h41.
São Paulo - As vendas de imóveis residenciais na cidade de São Paulo devem crescer entre 5 e 10 por cento em 2018, enquanto os lançamentos devem ficar próximos aos níveis de 2017, disse nesta terça-feira o Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), citando a expectativa de maior diversificação de produtos.
O Secovi-SP ressaltou, contudo, que a materialização das estimativas depende da manutenção de juros e inflação em "patamares aceitáveis", bem como do avanço da reforma da previdência no Congresso Nacional.
"Estamos seguros que em janeiro teremos mais unidades lançadas e vendidas do que em 2017", disse o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci.
Em 2017, os lançamentos de imóveis residenciais na cidade de São Paulo cresceram 48 por cento sobre 2016, para 28,7 mil unidades, interrompendo uma série de três anos consecutivos de queda, informou o sindicato, com base em dados da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp).
Ainda assim, o nível ficou abaixo da média histórica de 30 mil unidades na capital paulista.
Já as vendas de imóveis residenciais cresceram 46,1 por cento no ano passado, para 23,6 mil unidades, de acordo com o Secovi-SP.
Em 2017, a queda do preço real desacelerou, recuando 4,4 por cento, ante queda de 7,3 por cento em 2016. Petrucci afirmou que a tendência é o setor sair dessa curva de perda real até o terceiro trimestre de 2018.
"No final deste ano devemos ver a volta do aumento real de preços em unidades lançadas", disse.
Falando sobre o marco regulatório que tramita no Congresso Nacional sobre distratos, o presidente do Secovi-SP, Flávio Amary, afirmou que "para o setor é muito importante termos a 'regra do jogo' e que o projeto tenha a qualidade de desestimular a compra de imóvel de caráter especulativo", disse Amary.
Em 2017, os distratos caíram do pico de 23,5 por cento registrado em agosto de 2016, para 11,9 por cento.
Amary comentou ainda que as alterações na lei de zoneamento deverão criar "uma demanda por novos terrenos no segundo semestre do ano, conforme as construtoras procuraram terrenos que possam atender esses novos padrões".