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Vale-transporte? VR? Startup aposta em alternativa: benefício-moradia

Plataforma de moradia por assinatura, Housi propõe que o valor gasto com deslocamento de funcionários seja usado para cobrir custos de locação

Um dos imóveis da Housi: startup acaba de criar auxílio batizado de benefício-moradia (Housi/Divulgação)

Um dos imóveis da Housi: startup acaba de criar auxílio batizado de benefício-moradia (Housi/Divulgação)

É uma ideia que faz todo sentido. Em vez de arcar com o vale-transporte dos funcionários, por que as empresas não ajudam a custear o aluguel deles? Com isso, afinal, eles têm mais chances de morar perto do trabalho — e, consequentemente, podem deixar o carro na garagem ou até mesmo vendê-lo e começar a se locomover a pé. Eis a nova proposta da Housi, plataforma de serviços de moradia por assinatura.

A startup criou o que batizou de benefício-moradia, que as empresas podem oferecer aos empregados no lugar do VT ou até mesmo de outros adendos, como vale-transporte ou vale-gasolina. Como os valores relacionados a benefícios do tipo em geral são insuficientes para cobrir a totalidade de um aluguel, a ideia é que a novidade sirva como um complemento das mensalidades.

O que a Housi propõe, naturalmente, é que o benefício-moradia seja utilizado em um de seus apartamentos (são mais de 6.000), todos mobiliados e prontos para morar. A locação é 100% digital, o que significa que não há nenhuma burocracia envolvida — até o fiador é dispensável. O pagamento é online e há atendimento 24 horas por dia, sete dias por semana.

Modelo de negócio

Chamada de “Netflix da moradia” e presente em 50 cidades, a plataforma sustenta que alugar um imóvel por meio dela leva menos de um minuto. É uma espécie de Airbnb ou Booking para longas temporadas, porém com as mesmas comodidades.

Os interessados podem se decidir entre quatro dias de estadia e 36 meses, com a possibilidade de renovação. Escolhido o endereço, basta informar seus dados, efetuar o pagamento e se dirigir ao novo lar. Além de mobília, as unidades são equipadas com eletrodomésticos e até enxoval de cama, mesa e banho.

Não é preciso se preocupar com taxa de condomínio, IPTU, água, luz, gás, wi-fi e TV a cabo, pois todas elas estão inclusas na mensalidade cobrada pela Housi. Um apartamento de um quarto na Vila Mariana, em São Paulo, por exemplo, custa cerca de 3.900 reais por mês. Por meio do aplicativo da startup é possível solicitar limpeza e manutenção da sua unidade.

App da Housi: contas de consumo estão inclusas na mensalidade paga pelo morador (Housi/Divulgação)

Moradias flexíveis

Cansou da nova moradia? É possível trocar de endereço e manter a mesma assinatura ativa. Dá até para mudar de cidade ou bater o martelo num imóvel maior e mais luxuoso — você será cobrado ou ressarcido, conforme a diferença de valor.

Além dos imóveis próprios e de terceiros, a plataforma também oferece estadias em hotéis, resorts e pousadas. Staybridge Suites São Paulo, Blue Home by Blue Tree, Nobile Suites Gran Lumini Rio Branco, Hilton São Paulo Morumbi, Matiz e Transamérica Resort Comandatuba são alguns dos hotéis que já se associaram à plataforma.

"Vamos funcionar como um canal de distribuição das unidades desses novos parceiros”, observa Alexandre Frankel, CEO da Housi, acrescentando que estadias longas são extremamente vantajosas para o setor de turismo. “Estamos atraindo um público que jamais foi acessado pela rede hoteleira e abrindo uma nova fronteira para o setor."

Para os investidores imobiliários, a Housi se apresenta como uma alternativa ao modelo tradicional de gestão de locação. Gaba-se por oferecer uma gestão patrimonial mais eficiente, mais rentabilidade e menos dor de cabeça. Para as incorporadoras, diz ser uma maneira de acelerar as vendas dos empreendimentos.

“A vantagem de um serviço contratado sob demanda é que ele pode ser adaptado às diferentes fases da vida, às mudanças de perfil e às novas necessidades”, emenda Frankel. “Moradia está virando um serviço e, por isso, viemos ressignificar a forma como vivemos e democratizar as residências”.

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