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Saiba o que é retrofit, como funciona e alguns exemplos

A prática, comum na arquitetura e engenharia, que visa prolongar a vida útil dos edifícios

Altino Arantes, o Banespão, em SP, passou por um processo de retrofit (filipefrazao/Thinkstock/Thinkstock)

Altino Arantes, o Banespão, em SP, passou por um processo de retrofit (filipefrazao/Thinkstock/Thinkstock)

Publicado em 17 de maio de 2024 às 21h05.

Última atualização em 21 de maio de 2024 às 13h54.

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Retrofit é o processo de modernização de edifícios antigos, preservando suas características históricas enquanto atualiza a infraestrutura e sistemas para atender às normas e necessidades contemporâneas. Essa prática visa prolongar a vida útil dos edifícios, melhorar a eficiência energética e proporcionar maior conforto e segurança. O retrofit é essencial para manter a funcionalidade e reduzir custos operacionais, preservando ao mesmo tempo o valor arquitetônico e cultural dos imóveis históricos.

Para que serve o retrofit?

O retrofit serve para revitalizar edifícios antigos, adaptando-os às exigências modernas sem perder seu valor histórico e arquitetônico. Ele inclui a atualização de sistemas elétricos, hidráulicos, de climatização e segurança, além da melhoria da eficiência energética. Este processo é essencial para manter a funcionalidade dos prédios, reduzir custos operacionais e preservar a herança cultural e histórica das cidades.

Qual a diferença entre reforma e retrofit?

A principal diferença entre reforma e retrofit está no objetivo e no escopo dos projetos. Enquanto a reforma busca renovar ou consertar partes do edifício, o retrofit vai além, integrando tecnologias modernas e melhorias de infraestrutura, respeitando e mantendo os elementos históricos e arquitetônicos do edifício. A reforma pode alterar significativamente a aparência e estrutura, enquanto o retrofit visa a atualização sem descaracterização.

Quais são os tipos de retrofit?

Existem vários tipos de retrofit, incluindo:

  • Retrofit energético: Focado na melhoria da eficiência energética do edifício, como a substituição de sistemas de iluminação e climatização.
  • Retrofit estrutural: Envolve a modernização das estruturas do prédio para garantir a segurança e conformidade com as normas atuais.
  • Retrofit funcional: Atualiza sistemas elétricos, hidráulicos e de segurança para melhorar a funcionalidade do edifício.
  • Retrofit estético: Preserva e restaura elementos arquitetônicos e históricos enquanto moderniza o interior e exterior do edifício.

Exemplos de retrofit pelo Brasil

No Brasil, o retrofit tem sido aplicado em diversos edifícios históricos e comerciais, revitalizando suas estruturas e modernizando suas instalações. Aqui estão alguns exemplos notáveis:

  1. Edifício Martinelli, São Paulo: O projeto retrofit do Edifício Martinelli, assinado por Paulo Lisboa, teve a missão de revitalizar o primeiro arranha-céu da cidade de São Paulo. A obra, construída em 1929,  é tombada pelo patrimônio histórico. Para o projeto de revitalização, era necessário preservar as fachadas do prédio. bem como sua volumetria. Por outro lado, as adequações deveriam focar em adaptar o edifício para o estilo de trabalho atual.
  2. Edifício Altino Arantes (Banespão), São Paulo: O eixo do projeto de 2018 coloca evidencia a memória do próprio edifício, inaugurado em 1947. Em estilo arquitetônico art déco, sua fachada tornou-se um dos principais cartões-postais da cidade.
  3. Theatro Municipal, Rio de Janeiro:  Em 2008, foi fechado para obras. O trabalho de restauração e modernização custou R$ 64 milhões e contou com muitos patrocinadores privados. Foi reaberto ao público em 2010. Em 2019, passou por outro processo. Até lustre principal, feito na Inglaterra, e que fica localizado na plateia desde a inauguração, em 1909, foi restaurado. O serviço exigiu a contratação de um restaurador praticante de rapel para corrigir imperfeições no teto.
  4. Edifício A Noite, Rio de Janeiro: O primeiro arranha-céu construído na América Latina, em 1929, terá 447 unidades residenciais e três lojas no térreo. A revitalização prevê ainda que o público tenha acesso a dois espaços no terraço do edifício, um restaurante e o Centro Cultural da Rádio Nacional.
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