Fundos de investimento imobiliário (FIIs) entregam retorno positivo com perspectiva de corte de juros (VichienPetchmai/Thinkstock)
Repórter de Invest
Publicado em 22 de fevereiro de 2024 às 08h04.
Última atualização em 22 de fevereiro de 2024 às 08h08.
Em um mês de janeiro difícil para a renda variável, os fundos imobiliários (FIIs) seguiram no campo positivo. O IFIX, índice de referência para o mercado, registrou leve alta de 0,67% no período, enquanto o Ibovespa, principal índice de ações da bolsa, fechou em queda de 4,79%.
Os FIIs têm surfado uma onda positiva desde o ano passado com a perspectiva de mais cortes na taxa de juros. A Selic fechou o mês de janeiro em 11,25% ao ano, e investidores estão na expectativa de que a taxa caia para o patamar de um dígito ainda este ano.
O movimento de valorização tem sido mais acentuado nos fundos de tijolo, aqueles que investem diretamente em imóveis. Levantamento mensal elaborado pela plataforma de dados financeiros Quantum para a EXAME mostrou que quatro entre os dez FIIs de maior rentabilidade em janeiro eram desse segmento – e três deles “multiclasse”, categoria que engloba tijolo e papel (renda fixa) no mesmo produto.
“Os fundos de tijolo historicamente têm vantagem nesse cenário [de queda de juros]. Pelo equity, conseguem gerar mais valor e, eventualmente, até readequar sua estrutura de capital e sua alavancagem. Eles são a nossa principal posição já tem algum tempo”, avaliou Caio Araujo, analista de fundos imobiliários da Empiricus Research (do mesmo grupo de controle da EXAME).
Em janeiro, o mercado de FIIs manteve a tendência de retomada das captações, em um mês agitado de compras, fusões e aquisições (M&A) do setor imobiliário. O negócio mais emblemático do período foi a aquisição do prédio Faria Lima 3500, sede do Itaú BBA na Faria Lima, pelo próprio Itaú, que pagou R$ 1,5 bilhão pelo edifício.
Veja abaixo o ranking das 10 maiores rentabilidades em FIIs – tanto no índice geral quanto na separação entre tijolo e papel.
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