Pets em condomínios: segundo o Quinto Andar, aceitação de animais é o filtro mais usado por quem busca um imóvel para alugar (Burst/Pexels/Divulgação)
Para facilitar a busca online de imóveis, plataformas de venda e locação colocam alguns filtros à disposição dos usuários, como a proximidade do metrô, o tipo de mobília e a instalação de aparelhos como ar-condicionado. Para entender melhor esse comportamento, o Quinto Andar fez um levantamento de janeiro a agosto deste ano com os seus usuários.
Uma das descobertas é a de que entre os filtros mais escolhidos na hora de determinar as características do imóvel e do condomínio estão a possibilidade de ter animais de estimação, seguida pela proximidade de meios de transporte, como trens e metrôs, e a entrega da casa ou do apartamento já mobiliado.
Sobre a preocupação em poder ou não morar com o pet de estimação, Arthur Malcon, gerente-executivo de estratégia do Quinto Andar, explica que os condomínios podem estabelecer regras de circulação dos animais, mas não podem impedir que condôminos, sejam eles proprietários ou inquilinos, tenham animais de estimação em seus imóveis. “Isso só pode acontecer caso eles representem risco à saúde ou à segurança e, ainda assim, a proibição deve ser precedida de assembleia geral. O síndico não pode decidir sozinho”, diz Malcon.
Confira os filtros mais usados de janeiro a agosto deste ano:
|
De acordo com o Quinto Andar, as pessoas também passaram a demonstrar mais interesse por imóveis com características relacionadas ao conforto e à praticidade, como “sol da tarde”, “vista livre” e “rua silenciosa”. “Por conta da restrição à circulação imposta pela pandemia, as pessoas estão mais interessadas em lares que ofereçam conforto, pois estão passando mais tempo em casa. Elas também estão valorizando imóveis mais práticos e equipados para compensar o aumento natural nas contas de consumo”.
Confira os filtros cujas buscas mais cresceram de janeiro a agosto deste ano:
|
No Quinto Andar, a criação e a inclusão de novos filtros é feita a partir de estudos que cruzam a liquidez dos imóveis às suas características. Com isso, é possível enxergar a necessidade da criação de novos filtros. Um exemplo é a tomada de três pinos, que foi identifica pela ferramenta de inteligência artificial da empresa como sendo de grande impacto nas buscas e na precificação dos imóveis por sugerir uma reforma recente e estrutural.
De acordo com a pesquisa, a utilização de filtros cresceu 7% de janeiro a agosto deste ano em relação ao ano passado. O Quinto Andar também identificou que quem utiliza esse recurso costuma marcar 55% mais visitas. Na plataforma, o tempo médio de locação entre a visita e a assinatura do contrato é de oito dias. “Os filtros fazem com que as visitas sejam mais qualificadas, evitando que os usuários percam tempo com idas a imóveis que não sejam do seu perfil”, diz Malcon.